A Ucrânia não tem interesse na paz, diz Moscou
- Núcleo de Notícias
- 24 de mar.
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Governo russo denuncia ataques ucranianos a infraestrutura civil, apesar de cessar-fogo parcial

A Ucrânia segue atacando a infraestrutura civil da Rússia, o que evidencia a falta de interesse de Kiev em buscar a paz, afirmou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.
Na semana passada, após uma ligação entre o presidente russo Vladimir Putin e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Moscou e Kiev concordaram com um cessar-fogo parcial, suspendendo ataques às infraestruturas energéticas por 30 dias. No entanto, o Ministério da Defesa da Rússia relatou diversos ataques de drones ucranianos contra instalações russas de petróleo e gás.
O mais recente ataque ocorreu na madrugada de segunda-feira (24), contra a estação de bombeamento de petróleo Kropotkinskaya, na região de Krasnodar. A instalação, operada pelo Consórcio do Oleoduto Cáspio (CPC), tem parcerias com empresas americanas como Mobil e Chevron. Segundo o Ministério da Defesa russo, um drone ucraniano foi abatido a cerca de sete quilômetros da estação, com destroços caindo próximos a uma ferrovia.
Outros ataques foram registrados contra o campo de gás Glebovskoye, na Crimeia, no dia 23 de março, e contra um centro de distribuição de gás na região de Belgorod, no dia 22.
Zakharova afirmou que este comportamento é recorrente por parte de Kiev, especialmente antes de eventos diplomáticos, como as negociações desta semana entre Rússia e EUA na Arábia Saudita.
"É sempre a mesma história. Antes de qualquer contato diplomático, incluindo visitas de delegações estrangeiras a Moscou, o regime de Kiev comete atos terroristas, ataques à infraestrutura civil e ações extremistas. Eles não querem a paz, e já afirmaram isso repetidamente", declarou Zakharova.
Apesar das violações, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, garantiu que a Rússia continua cumprindo o cessar-fogo energético e que o presidente Putin não emitiu novas ordens para as forças armadas russas. No entanto, Zakharova alertou que Moscou se reserva o direito de responder “de forma simétrica” caso Kiev persista com sua “postura destrutiva”.
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