Acordo de Israel com Hamas para libertação de reféns avança com negociações finais

Netanyahu enfrenta pressões internas enquanto busca aprovação do gabinete para trégua e troca de prisioneiros

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou que um acordo para a libertação de reféns mantidos pelo grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza foi alcançado. Netanyahu afirmou que os “detalhes finais” das negociações foram ajustados e convocou uma reunião de seu gabinete de segurança para aprovar formalmente o pacto nesta sexta-feira, 17.

Apesar de anúncios preliminares feitos por mediadores como Catar e Estados Unidos, o gabinete israelense havia apontado “problemas de última hora” no entendimento com o Hamas. O acordo inclui uma pausa nos combates na Faixa de Gaza, a libertação de dezenas de reféns israelenses e a troca por prisioneiros detidos em Israel.

O Hamas, por sua vez, negou as acusações israelenses de que estaria tentando renegociar o acordo para obter mais concessões. Segundo Izzat al-Rishq, membro do grupo terrorista, o Hamas “está comprometido com o acordo de cessar-fogo, que foi anunciado pelos mediadores”.

Netanyahu ainda enfrenta uma complexa pressão interna. De um lado, familiares dos reféns exigem prioridade na libertação dos entes queridos. Por outro, membros de sua coalizão ameaçam renunciar caso o texto seja aprovado.

O próximo passo é a votação no gabinete de segurança israelense, prevista para esta sexta-feira, que decidirá os termos finais do cessar-fogo e troca de prisioneiros.