Austrália, Canadá e Reino Unido reconhecem Estado da Palestina e premiam quem promove o terror
- Núcleo de Notícias

- 21 de set.
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Países reconheceram o Estado da Palestina na véspera da Assembleia-Geral da ONU

Canadá, Reino Unido e Austrália anunciaram neste domingo (21) o reconhecimento formal do Estado da Palestina, alegando que o gesto facilitaria uma solução de dois Estados e abriria caminho para a paz no Oriente Médio. A iniciativa ocorre um dia antes da 80ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York, e soma-se a uma onda de reconhecimentos internacionais, apesar das graves consequências práticas e simbólicas desse tipo de medida numa hora de guerra.
O primeiro-ministro Keir Starmer afirmou que o reconhecimento britânico busca “esperança de paz para palestinos e israelenses”, ao mesmo tempo em que criticou o grupo terrorista Hamas por manter reféns israelenses. Mesmo assim, a contradição é evidente: premiar a entidade política ou as estruturas que não renunciam ao terror e que mantêm cativos inocentes só reduz o poder de negociação de Israel e legitima atores que rejeitam a coexistência. O presidente Emmanuel Macron já havia anunciado em agosto intenção semelhante, e outros países seguem o mesmo caminho.
Há três problemas centrais nessa postura que merecem ser destacados. Primeiro, o reconhecimento premia atores que permanecem comprometidos com a destruição de Israel. Nada indica que a simples proclamação do status de Estado vá fazer o Hamas baixar as armas, deixar de incutir ódio nas novas gerações ou abandonar práticas como o apoio material a atentados. Trocar coerção por proclamação diplomática é oferecer um subsídio moral e político a grupos que usam violência brutal como estratégia.
Segundo, o gesto fragiliza a segurança israelense e reduz a margem de manobra para negociar a libertação de reféns. Quando atores internacionais conferem legitimidade política sem exigir pré-condições mínimas, retiram de Israel instrumentos essenciais de pressão e tornam mais difícil qualquer acordo duradouro. Não é por decreto que se constrói confiança entre sociedades traumatizadas por décadas de violência.
Terceiro, o reconhecimento universalizado ignora a realidade das instituições palestinas. Repetir a fórmula do “reconhecimento imediato” sem exigir transparência, homicídios políticos cessados, investimentos em educação democrática e fim de práticas que celebram o terror equivale a uma ilusão diplomática. A cobertura da questão com gestos simbólicos substitui políticas sérias por retórica: dá-se um “prêmio” a quem radicaliza, enquanto quem vive sob ameaça — os cidadãos de Israel — perde garantias de segurança.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu deixou clara a sua posição: reconhecer a Palestina nessas circunstâncias não trará paz. A diplomacia "bem-intencionada", quando descolada da realidade política e das exigências mínimas de segurança, transforma-se em mera retórica.
Há alternativas responsáveis: condicionar qualquer reconhecimento a passos concretos — libertação imediata de reféns, desmantelamento do Hamas, cessação do financiamento a terroristas e a aceitação explícita de Israel como Estado-judaico —; priorizar esforços reais de intermediação que preservem a segurança israelense e incentivem a construção, passo a passo, de instituições palestinas democráticas; e manter pressão internacional sobre financiadores do terror. Somente assim se criam incentivos para a paz, e não para a paz fingida.
Reconhecer um Estado é ato solene — fazê-lo numa conjuntura de guerra e sem garantias é, na prática, premiar o extremismo. Defender Israel não é negar direitos a outros povos; é exigir que a paz venha com segurança, com condições claras e com a ruptura definitiva do ciclo de violência. Sem isso, o reconhecimento vira um cheque em branco dado a quem lucra com a guerra.
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