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Avanço nas negociações: Como foram as conversas entre Rússia e Ucrânia em Istambul

Encontro marca retomada de diálogo direto entre os países após três anos


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As delegações da Rússia e da Ucrânia realizaram, nesta sexta-feira, um encontro direto em Istambul no qual discutiram possíveis caminhos para um cessar-fogo, um grande acordo de troca de prisioneiros de guerra e a viabilidade de futuras reuniões diplomáticas. O chefe da delegação russa, Vladimir Medinsky, declarou que Moscou está “satisfeita” com os resultados iniciais e pronta para dar continuidade ao diálogo com Kiev.


Durante o encontro, ficou acordada uma troca mútua de mil prisioneiros de guerra entre os dois países nos próximos dias — o maior intercâmbio do tipo desde o início da escalada do conflito em 2022. A informação foi confirmada tanto por Medinsky quanto pelo ministro da Defesa da Ucrânia, Rustem Umerov, que afirmou que o acordo será concretizado em breve, embora não tenha divulgado uma data específica.


As conversas também envolveram o esboço de propostas detalhadas para um cessar-fogo. Ambas as partes concordaram em apresentar esses conceitos em breve, com a perspectiva de retomar as discussões diplomáticas assim que houver avanços nesse aspecto. Medinsky destacou que há um acordo mútuo para prosseguir a negociação assim que essas propostas forem formalizadas.


Outro ponto discutido foi um possível encontro entre os presidentes Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky. De acordo com Medinsky, Kiev expressou o desejo de uma reunião entre os líderes, e Moscou afirmou estar considerando o pedido. Umerov também confirmou que esse tema esteve sobre a mesa, embora nenhum compromisso formal tenha sido estabelecido.


Essa foi a primeira conversa direta entre representantes russos e ucranianos em mais de três anos. O diálogo havia sido interrompido em 2022, quando a Ucrânia se retirou unilateralmente das negociações. A retomada das conversas foi motivada por uma iniciativa do presidente russo Vladimir Putin, que, no último domingo, ofereceu a retomada de tratativas sem quaisquer pré-condições.


Inicialmente reticente, Zelensky só aceitou enviar uma delegação após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestar apoio à ideia das negociações. O líder ucraniano desembarcou em Ancara e condicionou o início do diálogo à presença de Putin, exigência que não foi atendida pelo Kremlin. Ainda assim, a delegação russa chegou a Istambul na quinta-feira e aguardou a equipe ucraniana, que só foi formada e enviada ao local na noite daquele mesmo dia.

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