Brasil registra fluxo cambial negativo de US$ 350 milhões na primeira semana de fevereiro

No acumulado do ano até 7 de fevereiro, o saldo total do fluxo cambial segue negativo em expressivos US$ 7,05 bilhões

O Brasil iniciou fevereiro com um fluxo cambial negativo de US$ 350 milhões, conforme dados divulgados nesta quarta-feira (12) pelo Banco Central. O déficit foi puxado pelo canal comercial, que registrou um saldo negativo de US$ 541 milhões nos primeiros sete dias do mês.

Por outro lado, o canal financeiro apresentou uma entrada líquida de US$ 191 milhões, refletindo operações como investimentos estrangeiros, remessas de lucro e pagamento de juros.

No acumulado do ano até 7 de fevereiro, o saldo total do fluxo cambial segue negativo em expressivos US$ 7,05 bilhões, evidenciando um cenário de maior saída de dólares do país.

O que é o fluxo cambial e como o governo Lula contribui para o saldo negativo

O fluxo cambial mede a movimentação de dólares no Brasil, indicando se há mais entrada ou saída da moeda estrangeira. Ele é composto por duas vias principais: a comercial, que envolve exportações e importações, e a financeira, que inclui investimentos, empréstimos e remessas de lucros.

A deterioração do fluxo cambial brasileiro está diretamente ligada à instabilidade econômica causada pela falta de austeridade fiscal do governo Lula. A ausência de compromisso com o equilíbrio das contas públicas afasta investidores estrangeiros e reduz a entrada de capital no país. O aumento desenfreado de gastos, sem medidas concretas para conter o rombo fiscal, gera incerteza sobre a trajetória da economia e desvaloriza o real, tornando o Brasil menos atrativo para investimentos.

Além disso, políticas intervencionistas e declarações do governo que atacam a responsabilidade fiscal contribuem para o enfraquecimento da confiança do mercado. Esse cenário faz com que grandes investidores e empresas retirem capital do país, agravando o déficit no fluxo cambial e pressionando ainda mais a economia brasileira.