Casa Branca confirma investigação determinada por Donald Trump contra gigantes da carne, incluindo a JBS

Núcleo de Notícias
8 de nov.
2 min de leitura

Governo dos Estados Unidos acusa conglomerados estrangeiros de manipular preços e eliminar a concorrência no setor de proteína animal

A Casa Branca divulgou um comunicado na sexta-feira (07) confirmando a abertura de uma investigação federal contra as principais companhias de processamento de carne dos Estados Unidos. A decisão, determinada diretamente pelo presidente Donald Trump, mira gigantes do setor, entre elas a brasileira JBS, suspeita de envolvimento em práticas de “conluio ilícito, fixação e manipulação de preços”.

O texto oficial afirma que a ordem de investigação foi encaminhada ao Departamento de Justiça e abrange as chamadas “Quatro Grandes” processadoras — JBS (Brasil), Cargill, Tyson Foods e National Beef (controlada pela Marfrig). Juntas, essas companhias respondem por cerca de 85% do mercado americano de processamento de carne, proporção muito superior aos 36% registrados em 1980. “Trata-se de uma ação decisiva sobre conglomerados estrangeiros que controlam a carne americana”, destacou o comunicado.

O governo dos Estados Unidos acusa as empresas de distorcer a competitividade do setor e de impor prejuízos diretos aos produtores locais. Segundo o presidente Donald Trump, a medida tem como objetivo “proteger os consumidores, combater monopólios ilegais e impedir que essas corporações lucrem criminosamente às custas do povo americano”.

Após o anúncio oficial, as ações da JBS e da Tyson Foods registraram forte queda no mercado pós-fechamento. A tensão se soma a um cenário político e econômico complexo, marcado pela expectativa de que a Suprema Corte norte-americana derrube a política tarifária do presidente Trump, implementada por meio de um decreto de emergência nacional para proteger a indústria americana.

O líder americano, entretanto, já havia sinalizado possuir um “plano B” para contornar uma eventual decisão judicial. “As tarifas são fundamentais para a defesa nacional, e é preciso agir rapidamente. Não se pode esperar meses e meses enquanto se realizam estudos ou se busca aprovação no Congresso”, afirmou o chefe do Executivo.

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