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Chanceler alemão afirma que derrotar a Rússia é inviável

Johann Wadephul defende solução diplomática para conflito na Ucrânia


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O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Johann Wadephul, afirmou que uma derrota total da Rússia é impossível, sobretudo em razão de seu poderio nuclear, e defendeu que o conflito com a Ucrânia só poderá ser encerrado por meio da diplomacia. As declarações foram feitas em entrevista ao jornal Süddeutsche Zeitung (SZ) na sexta-feira (30).


“Desde o início ficou claro que esta guerra terminaria provavelmente com um acordo negociado”, admitiu Wadephul. “A derrota completa da Rússia, no sentido de uma capitulação, nunca foi uma expectativa plausível diante de uma potência nuclear.”


Durante a gestão do ex-presidente dos EUA Joe Biden, bem como sob governos europeus como o da Alemanha, França e Reino Unido, a linha oficial foi a de buscar uma “derrota estratégica” de Moscou — justificativa para o contínuo envio de armas à Ucrânia. Johann Wadephul, no entanto, reconheceu que essa visão vem sendo revista de forma mais honesta. “Agora estamos sendo um pouco mais sinceros sobre o que é possível.”


Embora tenha reiterado que as forças ucranianas continuam resistindo, o chanceler alemão reconheceu que Kiev vem perdendo terreno em quase toda a linha de frente nos últimos meses. Ainda assim, sustentou que o apoio militar deve continuar, mas com o objetivo de fortalecer a posição ucraniana em uma eventual mesa de negociações. “É importante dar à Ucrânia uma posição de força para negociar a paz”, declarou.


Johann Wadephul também apontou a Rússia como uma ameaça direta à Alemanha, justificando o aumento planejado nos gastos com defesa e a expansão militar do país. “Não vivemos mais em uma situação de paz clara com Moscou”, afirmou.


Desde que o novo chanceler Friedrich Merz assumiu o governo, Berlim tem adotado uma postura ainda mais dura contra a Rússia. O governo alemão suspendeu restrições ao uso de mísseis por parte da Ucrânia e cogita enviar os mísseis Taurus, com alcance de 500 quilômetros — o suficiente para atingir Moscou. Além disso, a Alemanha anunciou um novo pacote de ajuda militar a Kiev no valor de €5,2 bilhões (cerca de US$5,6 bilhões), com foco na produção de armamentos de longo alcance em território ucraniano.


A escalada provocou forte reação do chanceler russo Sergey Lavrov, que declarou que o envolvimento direto da Alemanha no conflito “agora é evidente”.

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