China estreita laços com MST e amplia influência em território brasileiro por meio da 'agricultura familiar'
- Núcleo de Notícias
- 15 de jul.
- 3 min de leitura
Parceria entre estatal chinesa, Prefeitura de Maricá e braço do MST levanta preocupações sobre soberania nacional e aparelhamento ideológico no campo

Na última sexta-feira (11), foi assinado em Brasília um memorando de entendimento entre a estatal chinesa Sinomach Digital Technology Corporation, a Prefeitura de Maricá (RJ), a empresa OZ.Earth e representantes do MST, por meio da Unicrab (União Nacional das Cooperativas da Reforma Agrária Popular do Brasil). O acordo prevê o fornecimento de máquinas agrícolas, tecnologias digitais e plataformas de gestão agropecuária a serem implementadas em áreas da chamada "reforma agrária", controladas em grande parte pelo movimento sem-terra.
O projeto tem como foco a digitalização da produção e a instalação de fábricas de tratores e equipamentos inteligentes, com tecnologia importada diretamente da China, supostamente adaptada à “realidade do agricultor familiar”. A iniciativa, no entanto, suscita críticas pela natureza política e ideológica dos atores envolvidos e pelo avanço da influência chinesa em setores estratégicos do país.
Durante a cerimônia, estiveram presentes autoridades do governo Lula, representantes da empresa chinesa, da Unicrab e da Prefeitura de Maricá — município conhecido por práticas de gestão alinhadas à esquerda radical. Para a secretária-executiva da Secretaria-Geral da Presidência da República, Kelli Mafort, a parceria reflete “a altivez de dois países soberanos”. A frase, embora revestida de retórica diplomática, revela um desprezo pela crescente dependência tecnológica e econômica em relação ao regime comunista chinês.
Ao permitir que uma empresa estatal do Partido Comunista Chinês atue diretamente em projetos agrícolas no Brasil — especialmente em áreas controladas por um movimento que promove ocupações ilegais e conflitos fundiários — o governo brasileiro se expõe a um modelo de cooperação que favorece o aparelhamento ideológico no campo, sob o disfarce da "inclusão produtiva".
O MST, por sua vez, ganha novo fôlego institucional com o acordo. Embora amplamente criticado por suas práticas de invasão de propriedades, destruição de lavouras e pressão política sobre o Estado, o movimento foi alçado à condição de parceiro estratégico de um projeto internacional. A Unicrab, seu braço cooperativista, aparece como interlocutor direto da China em território nacional, uma concessão que levanta sérios questionamentos sobre segurança institucional, soberania territorial e a politização da agricultura familiar.
Além disso, a utilização do Fundo Social da União, bem como outras possíveis fontes de recursos públicos para fomentar esse tipo de aliança com interesses estrangeiros, pode colocar em segundo plano os produtores rurais que realmente movimentam a economia agrícola do país — muitos dos quais hoje enfrentam altas taxas de endividamento, insegurança regulatória e dificuldades de acesso a crédito.
Embora apresentada como um avanço para a agricultura sustentável e a produção de alimentos "sem agrotóxicos", a parceria entre a Sinomach e o MST, com o aval do governo federal, reforça o alinhamento do Brasil com a agenda geopolítica chinesa, que busca ampliar seu domínio em setores estratégicos por meio de cooperação assimétrica e captura institucional.
É preciso observar com cautela o uso da tecnologia como cavalo de Troia para ampliar a atuação de movimentos ideológicos no campo e abrir espaço para a influência crescente de potências autoritárias em solo brasileiro. O verdadeiro fortalecimento da agricultura familiar deve ocorrer com liberdade, segurança jurídica e respeito à propriedade privada — não por meio de projetos tutelados por regimes estrangeiros.
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Carlos Dias.
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