Cláudio Castro critica STF por limitar ações policiais no Rio

Governador do RJ afirma que restrições impostas pela ADPF 635 fortalecem o crime organizado

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), criticou nesta quinta-feira (24) a Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635, conhecida como ADPF das Favelas, ajuizada pelo Partido Socialista Brasileiro. O governador alega que a medida tem favorecido o fortalecimento de facções criminosas. A declaração de Castro veio após uma operação da Polícia Militar no Complexo de Israel, realizada na quinta-feira (24), na Zona Norte da cidade, que desencadeou violência e caos na Avenida Brasil. Três inocentes morreram e outros três ficaram gravemente feridos. A avenida precisou ser fechada por mais de duas horas.

Castro afirmou que, desde a imposição das restrições pela ADPF, que visa reduzir a letalidade em operações policiais, facções criminosas ligadas ao tráfico de drogas ganharam mais espaço. “Desde que a ADPF está aí, você tem o fortalecimento de cinco grandes instituições criminosas ligadas ao tráfico de drogas. Toda a culpa recai sobre as polícias”, declarou o governador.

Ele também responsabilizou o governo federal pela falta de controle na entrada de armamentos e drogas no estado. Segundo Castro, o Rio já apreendeu 540 fuzis e 55 toneladas de drogas apenas em 2024, ressaltando que essas apreensões refletem a necessidade de um combate mais efetivo ao tráfico internacional. "Isso é competência federal, e precisamos do apoio do governo para que nosso trabalho tenha resultados concretos”, concluiu.