Coreia do Norte afirma que novo teste de míssil balístico atingiu novo recorde
- Núcleo de Notícias

- 1 de nov. de 2024
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Kim Jong-un declara que lançamento do Hwasongpho-19 foi um "alerta para os inimigos"

Foto: kcna
O lançamento do míssil balístico intercontinental (ICBM) Hwasongpho-19 pela Coreia do Norte, ocorrido na quinta-feira, foi descrito como uma mensagem de advertência aos adversários, conforme afirmou o líder Kim Jong-un. O teste, que foi considerado um sucesso, reforçou os perigosos avanços da tecnologia militar norte-coreana.
Na sexta-feira, a agência estatal de notícias Korean Central News Agency (KCNA) divulgou que o míssil alcançou uma altitude de quase 7.700 km e percorreu mais de 1.000 km antes de atingir uma área previamente determinada no Mar do Japão (denominado Mar do Leste na Coreia). A agência ressaltou que o lançamento “superou os recordes recentes de capacidade estratégica de mísseis da República Popular Democrática da Coreia (RPDC)” e não representou ameaça à segurança dos países vizinhos.
Kim Jong-un justificou o desenvolvimento contínuo das forças estratégicas como uma resposta necessária às “ameaças cada vez mais intensas” de seus oponentes. Ele afirmou que o teste foi uma ação militar apropriada para comunicar aos rivais que “escalaram intencionalmente a situação regional” e ameaçaram a segurança da Coreia do Norte.
O líder norte-coreano também acusou outras nações, sem especificá-las, de fortalecerem suas alianças nucleares e realizarem “manobras militares aventureiras”, numa referência velada às parcerias militares de seus inimigos.
Segundo a KCNA, o lançamento marcou um “marco épico para a supremacia absoluta das forças armadas estratégicas da RPDC”, com o objetivo de “intimidar os adversários” e dissuadi-los de qualquer tentativa de confronto. Kim Jong-un teria pessoalmente autorizado e acompanhado o teste.
Em coletiva realizada na quinta-feira, Yoshimasa Hayashi, chefe de gabinete do Japão, estimou que, dependendo do peso da ogiva, o míssil norte-coreano poderia alcançar uma distância superior a 15.000 km, suficiente para atingir o território continental dos EUA.
O Comando Indo-Pacífico dos EUA condenou o lançamento, pedindo que a Coreia do Norte “se abstenha de atos ilegais e desestabilizadores”.
Embora os testes de mísseis sejam comuns na Coreia do Norte, os lançamentos de ICBMs são raros; o último ocorreu em dezembro de 2023. A RPDC frequentemente critica os exercícios militares conjuntos dos EUA e Coreia do Sul, que vê como preparações para uma possível agressão. Nos últimos meses, as relações entre Seul e Pyongyang se deterioraram ainda mais devido a acusações de lançamento de folhetos de propaganda e lixo, transportados por balões e drones.



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