Coreia do Norte alerta que EUA estão arriscando um “desastre nuclear”
- Núcleo de Notícias
- 29 de set. de 2024
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Kim Yo-jong, alta funcionária e irmã do líder norte-coreano, adverte que o envio de mais armas para Kiev pode desencadear uma "calamidade" global
Foto: Korea Summit Press Pool/Getty Images
A Coreia do Norte criticou os Estados Unidos por continuar a fornecer armamento à Ucrânia, afirmando que essa ação arriscada pode desencadear um “desastre nuclear”. Kim Yo-jong, irmã do líder norte-coreano Kim Jong-un e alta funcionária do governo, declarou que a postura dos EUA, ao ignorar os avisos da Rússia, poderia levar a uma catástrofe global.
Durante uma visita oficial à Coreia do Norte em junho, o presidente russo Vladimir Putin e Kim Jong-un assinaram o Tratado de Parceria Estratégica Abrangente, no qual Moscou e Pyongyang se comprometeram a apoiar-se mutuamente em caso de agressão estrangeira. Na ocasião, Putin sugeriu que a cooperação militar entre os dois países poderia ser aprofundada, especialmente diante do fornecimento de armas avançadas pelos países ocidentais à Ucrânia.
Em um comunicado divulgado no último domingo, Kim Yo-jong previu que o contínuo apoio militar dos EUA à Ucrânia “trará um desastre nuclear para o mundo”. Ela criticou duramente a decisão do presidente Joe Biden de autorizar um pacote de ajuda militar de quase US$ 8 bilhões para Kiev, qualificando-a como “insensata”.
Segundo Kim, essa assistência não fará nada além de prolongar o conflito ucraniano e encorajar ações militares "imprudentes" por parte de Kiev. Ela ainda sugeriu que os EUA deveriam destituir o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a quem descreveu como um “idiota tolo”.
“A calamidade é inevitável, a menos que a insanidade de Zelensky seja interrompida”, alertou Kim, destacando que os EUA e seus aliados ocidentais não deveriam ignorar ou subestimar os alertas rigorosos da Rússia. Ela fez referência às recentes declarações de Putin sobre a necessidade de revisar a doutrina nuclear russa.
Kim questionou retoricamente se os EUA e o Ocidente seriam capazes de lidar com as consequências de sua “aposta temerária” contra a Rússia, uma potência nuclear.
Revisão da Doutrina Nuclear Russa
Durante uma reunião do conselho de segurança nacional na última quarta-feira, Vladimir Putin sugeriu a ampliação dos critérios que justificariam um ataque nuclear por parte da Rússia. Ele indicou que um ataque massivo com mísseis ou aeronaves contra a Rússia, ou seu aliado mais próximo, Belarus, poderia levar a uma resposta nuclear. Segundo Putin, as armas utilizadas em um ataque potencial poderiam variar desde mísseis balísticos e de cruzeiro até aviões estratégicos e drones.
Putin ainda acrescentou que uma agressão contra a Rússia por qualquer estado não nuclear, apoiada por uma potência nuclear, seria tratada como um ataque conjunto, deixando claro que a resposta seria severa.
O líder russo não especificou quando essas mudanças na doutrina nuclear do país entrarão em vigor, mas as tensões globais continuam a crescer à medida que a guerra na Ucrânia se prolonga e novos apoios militares ocidentais são enviados para a região.
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