Coreia do Norte ameaça abrir fogo contra o Sul por "provocações" com drones
- Núcleo de Notícias

- 14 de out. de 2024
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Kim Yo-jong alerta que qualquer ação de Seul pode resultar em um "desastre horrível"
A Coreia do Norte colocou suas unidades de artilharia de prontidão na fronteira com a Coreia do Sul, após acusações de que drones sul-coreanos lançaram panfletos de propaganda sobre Pyongyang, conforme relatado pela agência estatal KCNA neste domingo.
O governo norte-coreano afirmou que Seul enviou drones em três ocasiões diferentes neste mês, sendo duas delas nesta semana. Embora o regime de Kim Jong-un tenha respondido a campanhas anteriores com balões contendo lixo e excrementos, a nova série de incidentes foi considerada grave o suficiente para justificar uma resposta militar.
O comando militar norte-coreano ordenou que as unidades de artilharia ao longo da fronteira estejam "totalmente preparadas para abrir fogo". O alerta envolve oito brigadas de artilharia, prontas para agir com força máxima, segundo o Ministério da Defesa da Coreia do Norte.
Estima-se que a Coreia do Norte tenha mais de 10 mil peças de artilharia voltadas para o Sul, com cerca de 6 mil delas em alcance das principais cidades sul-coreanas, como Seul e Incheon. Um relatório da RAND Corporation estimou que um confronto poderia causar a morte de mais de 205 mil pessoas na Coreia do Sul em apenas uma hora.
Kim Yo-jong, irmã de Kim Jong-un, reforçou que o envio de panfletos é visto como uma "provocação politicamente motivada" e um ataque à soberania do país. Ela alertou que qualquer novo sobrevoo de drones sul-coreanos sobre Pyongyang resultará em "um desastre horrível".
Enquanto o ministro da Defesa da Coreia do Sul, Kim Yong-hyun, negou inicialmente a acusação, as Forças Armadas sul-coreanas afirmaram que não podem confirmar a veracidade das alegações feitas por Pyongyang. O impasse ocorre em um momento de escalada das tensões, com a Coreia do Norte recentemente testando mísseis balísticos e criticando exercícios militares conjuntos entre os EUA e a Coreia do Sul, considerados "provocações" pelo regime norte-coreano.




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