Coreia do Norte se prepara para explodir estradas que ligam as Coreias, diz Seul
- Núcleo de Notícias

- 14 de out. de 2024
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Ação é resposta aos exercícios militares entre a Coreia do Sul e os EUA, com o objetivo de desconectar as duas partes da península
O Exército da Coreia do Norte está supostamente se preparando para cumprir sua ameaça de cortar as estradas que ligam o país à Coreia do Sul, segundo o comando militar de Seul.
Na semana passada, o Exército Popular da Coreia (KPA) anunciou que “separaria completamente” os dois territórios e “fortificaria as áreas relevantes” em resposta à crescente tensão militar na península, em referência aos exercícios conjuntos entre EUA e Coreia do Sul, além da presença de aeronaves nucleares americanas na região.
O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul declarou nesta segunda-feira que as atividades militares da Coreia do Norte parecem estar relacionadas à instalação de explosivos em estradas próximas às linhas Gyeongui e Donghae, que conectam os dois países. O porta-voz militar, coronel Lee Sung-jun, afirmou durante uma coletiva de imprensa que as explosões podem ocorrer ainda hoje.
As estradas e ferrovias que ligam as Coreias são poucas e vitais, e, em 2018, durante um breve período de reconciliação, os líderes dos dois países concordaram em modernizar as conexões ferroviárias. No entanto, desde que Yoon Suk-yeol assumiu a presidência da Coreia do Sul em 2022, as relações entre os países voltaram a se deteriorar.
Kim Jong-un já havia declarado uma mudança importante de política no ano passado, ao redefinir a Coreia do Sul como um estado hostil, deixando de buscar a unificação das Coreias, que foram divididas após a guerra civil dos anos 1950 e a intervenção internacional liderada pelos Estados Unidos.
A tensão recente também se deve às acusações de Pyongyang de que drones sul-coreanos teriam sobrevoado seu território e lançado panfletos de propaganda, o que levou o governo norte-coreano a ameaçar abrir fogo caso isso volte a ocorrer. O governo de Seul não confirmou nem negou os incidentes, que são vistos como uma resposta às táticas de balões da Coreia do Norte, que há anos envia lixo e propaganda para o sul.




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