CPI das ONGs chega ao fim com revelações bombásticas

CPI apontou relação suspeita de integrante do Ministério do Meio Ambiente com Instituto Sócio Ambiental

Capobianco e Marina SIlva: parceria com ONG - Ministério do Meio Ambiente

A CPI das ONGs chegou ao fim nesta semana, e durante seu trâmite pelo Senado Federal revelou informações que ainda podem ampliar o conhecimento sobre as reais atividades dessas entidades “sem fim lucrativo” em solo brasileiro.

Segundo apurou a comissão, a ONG Instituto Socioambiental (ISA) - fundada por João Paulo Capobianco, um integrante do ministério do Meio Ambiente, comandado por Marina Silva - recebeu cerca de R$ 140 milhões em doações por meio do  Fundo Amazônia. 

Segundo apontam documentos obtidos nas investigações feitas pela comissão, entre os anos de 2021 e 2022, R$ 115 milhões desses recursos foram usados para finalidades não relacionadas a projetos ambientais. Entre elas, pagamento de funcionários, serviços externos, consultorias - e muitas, muitas viagens. 

Empresa de conselheiro da ISA prestou consultoria para a própria ONG

Além da contabilidade considerada “suspeita”, a CPI das ONGs avançou nas investigações de outras atividades relacionadas ao Instituto Sócio Ambiental. Segundo apuração dos senadores, nesse mesmo período, foi constatado que a AM Consultoria Ambiental - empresa do conselheiro Márcio Santilli,  prestou serviços diretamente para a ONG.

Ao ser questionado sobre a relação pessoal de sua empresa com a ISA, onde atua como conselheiro, Santilli apenas declarou “não achar imoral”.