Câmara define presidências das comissões para 2025 após negociações intensas

PL garante maior número de comissões, enquanto União Brasil assume a estratégica CCJ

Após longas articulações, os líderes partidários e o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), chegaram a um consenso sobre a distribuição das presidências das comissões permanentes para 2025. A definição ocorreu na terça-feira (18), garantindo ao Partido Liberal (PL), que possui a maior bancada da Casa, o comando de cinco comissões estratégicas.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), considerada a mais relevante por analisar a constitucionalidade de todas as propostas legislativas, ficará sob o comando do União Brasil, consolidando a influência do partido nas decisões iniciais do processo legislativo. Já o MDB assegurou a relatoria do Orçamento de 2026 na Comissão Mista de Orçamento (CMO), posição crucial para o direcionamento de recursos públicos.

O PL, que possui 92 deputados, presidirá as comissões de Relações Exteriores e Defesa Nacional, Saúde, Segurança Pública, Turismo e Agricultura. A Comissão de Relações Exteriores seria presidida pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL). Contudo, o parlamentar anunciou que se licenciaria da Câmara e permaneceria nos Estados Unidos, alegando risco de perseguição política por parte do Supremo Tribunal Federal (STF).

O Partido dos Trabalhadores (PT), por sua vez, garantiu quatro comissões: Povos Originários, Finanças e Tributação, Direitos Humanos e Cultura. A Federação PT, que inclui siglas aliadas, conseguiu consolidar seu espaço na estrutura da Câmara.

A instalação dos colegiados ocorrerá nesta quarta-feira (19), com 16 das 30 comissões iniciando suas atividades às 10h. O restante será instalado às 14h.