Cúpula EUA-Rússia no Alasca começa com foco na guerra da Ucrânia e possíveis acordos territoriais

Donald Trump e Vladimir Putin discutem segurança global e cooperação econômica, mas divergências territoriais permanecem

As negociações entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, começaram oficialmente nesta sexta-feira (15) na Joint Base Elmendorf-Richardson, no Alasca, após a chegada das delegações a Anchorage. O principal tema da reunião é a busca por um acordo que encerre o conflito na Ucrânia, mas também estão na pauta questões de segurança global e o fortalecimento da cooperação econômica e comercial entre os dois países.

A delegação russa conta com o ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, o ministro da Defesa, Andrey Belousov, o ministro das Finanças, Anton Siluanov, o assessor presidencial Yury Ushakov e o enviado econômico Kirill Dmitriev, figura central nas negociações relacionadas à Ucrânia. Do lado americano, ainda não houve confirmação oficial, mas é esperado que participem, além do presidente Trump, o vice-presidente J.D. Vance, o secretário de Estado Marco Rubio, o enviado especial para Ucrânia e Oriente Médio Steve Witkoff e o secretário de Defesa Pete Hegseth.

Antes do encontro, Moscou afirmou que leva à mesa uma posição “clara e bem definida”, com argumentos sólidos a apresentar. O presidente Donald Trump, por sua vez, descreveu a reunião como um encontro “para sentir o terreno” e estimou que existe uma chance de 25% de que as conversas não cheguem a um resultado satisfatório.

Entre as propostas discutidas nos bastidores, está a possibilidade de um acordo de troca territorial entre Rússia e Ucrânia. No entanto, o Kremlin já reiterou que não abrirá mão da Crimeia, de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporozhye, regiões que, segundo Moscou, aderiram à Federação Russa após referendos realizados em 2014 e 2022.

Matéria em atualização.