Dirigente do FED "suaviza" discurso e indica corte de juros em setembro

A governadora do FED, Michelle Bowman, pediu paciência aos gestores, mas indicou corte de juros se inflação permanecer em queda nos EUA

Michelle Bowman: discurso mais ameno

A dirigente do Federal Reserve (FED), Michelle Bowman, decidiu suavizar o seu discurso - considerado um dos mais exigentes, entre os atuais governadores do banco central norte-americano - em relação a um possível corte de juros básicos da economia, cogitado para setembro deste ano.

Embora tenha citado ainda  que a inflação de seu país permanece “desconfortavelmente alta”, Bowman admitiu que o FED irá observar o progresso da economia para dar seus próximos passos, que incluem a redução gradual da taxa básica de juros.

"Se os dados recebidos continuarem mostrando que a inflação irá cair de forma sustentável, rumo à nossa meta de de 2%, vejo como apropriado reduzir gradualmente a taxa dos fundos federais para evitar que a política monetária se torne excessivamente restritiva sobre a atividade económica e o emprego”, ressaltou Bowman durante evento da entidade monetária realizado em Colorado Springs no último sábado (10/8).

“No entanto, precisamos ser pacientes e evitar minar o progresso contínuo na redução da inflação através de uma reação exagerada a qualquer dado único”, ratificou a dirigente.

No final de Julho, o banco central dos EUA manteve a taxa básica em 5,25%-5,50% - índice que permanece intocável há mais de um ano, mas sinalizou que um corte nas taxas poderia ocorrer no mês que vem, caso a inflação permaneça em queda. Atualmente, o Índice de Despesas de Consumo Pessoal está na casa de 2,5%.