Disparada do dólar pode encarecer preços no varejo em até 10% no início de 2025
- Núcleo de Notícias

- 10 de jan.
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Alta cambial pressiona categorias como alimentos, software e tecnologia; consumidores já sentem impacto de juros elevados e restrição de renda

O varejo brasileiro enfrenta mais uma onda de desafios em 2025, marcada por uma disparada no câmbio que ameaça elevar os preços de produtos em até 10% no primeiro trimestre. A alta do dólar, que opera próxima de níveis históricos, intensifica os custos de importação, restringe o fornecimento de alimentos e pressiona categorias como proteínas, softwares e monitores de computador, que já apresentam aumentos acima da inflação projetada de 4,85% para o ano.
Diante desse cenário, redes varejistas têm intensificado negociações com fornecedores e aumentado estoques na tentativa de minimizar os reajustes. No entanto, consumidores já sobrecarregados por custos essenciais, como alimentação, saúde e energia elétrica, enfrentam dificuldade para acomodar novos aumentos em sua renda limitada.
As varejistas brasileiras também sofrem com a concorrência de grandes players internacionais, como Amazon e Shein, que ampliaram sua presença no mercado local. Empresas de capital aberto registraram desempenho abaixo do Ibovespa nos últimos meses, refletindo a pressão do ambiente macroeconômico.
Analistas preveem que os resultados financeiros do quarto trimestre, a serem divulgados em fevereiro, trarão um panorama claro sobre os efeitos da disparada cambial e a desaceleração do consumo discricionário. O cenário atual, comparável ao de 2020, quando a pandemia redirecionou os gastos dos consumidores para compras online, agora expõe as empresas a uma recuperação econômica menos favorável e ao aumento generalizado dos preços.



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