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Dois cidadãos chineses são presos nos EUA por espionagem em bases da Marinha

Departamento de Justiça denuncia ação coordenada da inteligência chinesa para recrutar militares e coletar informações estratégicas em solo americano


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Dois cidadãos chineses foram presos na última sexta-feira (27) sob acusação de atuarem como agentes do regime comunista da China, operando clandestinamente em território americano para obter informações sensíveis sobre bases e militares da Marinha dos Estados Unidos. Segundo o Departamento de Justiça dos EUA (DOJ), Yuance Chen, residente em Happy Valley, Oregon, e Liren Lai, que entrou no país com visto de turista em abril de 2025, estavam envolvidos em uma ampla rede de espionagem ligada ao Ministério de Segurança do Estado (MSS), principal órgão de inteligência estrangeira da ditadura chinesa.


De acordo com a denúncia apresentada no Tribunal do Distrito Norte da Califórnia, Chen e Lai não apenas realizaram coletas de informações confidenciais, como também recrutaram membros da Marinha para atuarem como informantes do regime de Pequim. Em uma das operações reveladas, os dois facilitaram uma “entrega morta” de pelo menos US$ 10 mil em dinheiro, deixados em um armário público em Livermore, Califórnia, como pagamento a um colaborador. A prática é típica de operações de espionagem para evitar rastreamento direto.


As investigações apontam que o contato entre os espiões começou em 2021, e que os dois se encontraram em Guangzhou, na China, em janeiro de 2022, para coordenar ações do MSS. Eles também visitaram instalações navais nos Estados de Washington e Califórnia em 2022 e 2023. Em uma das visitas, Chen teria fotografado um mural com os nomes e dados de recrutas da Marinha — muitos identificados como oriundos da China — e enviado as imagens a agentes da inteligência chinesa.


Chen chegou a manter contato com um membro da Marinha via redes sociais e o convenceu a permitir um tour pelo porta-aviões USS Abraham Lincoln, em San Diego. Ele teria transmitido informações sobre esse funcionário ao MSS, conforme a acusação.


O FBI e o Serviço de Investigação Criminal da Marinha (NCIS) coordenaram a operação de captura. O diretor do FBI, Kash Patel, declarou que o caso “expõe mais uma vez o esforço sistemático do Partido Comunista Chinês para infiltrar e sabotar instituições americanas” e destacou que os EUA não tolerarão espionagem em seu território.


O procurador-geral assistente John Eisenberg também alertou sobre os perigos crescentes da ação estrangeira no país: “Serviços hostis como o MSS dedicam anos à formação e ativação de agentes secretos em nosso solo. Vamos continuar a identificar e desmantelar essas redes clandestinas”.


Ambos os acusados enfrentam penas de até 10 anos de prisão e multa de US$ 250 mil por operarem como agentes estrangeiros sem notificar o Departamento de Justiça, em violação direta à legislação de segurança nacional dos EUA.

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