Eduardo Bolsonaro admite possível candidatura presidencial sob orientação do pai

Deputado licenciado afirma que aceitará a missão se for designado por Jair Bolsonaro e reforça apoio à elegibilidade do ex-presidente

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) manifestou disposição para disputar a Presidência da República, caso receba essa incumbência de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em entrevista à revista Veja, Eduardo Bolsonaro ressaltou que a liderança e a decisão final sobre quem representará o campo conservador na próxima eleição continuam sob responsabilidade de seu pai.

“Obviamente, se for uma missão dada pelo meu pai, vou cumprir”, afirmou. “Fiquei feliz com a citação do meu nome em algumas pesquisas, mas, numa democracia normal, quem deveria ser o candidato é Jair Bolsonaro, que inclusive lidera nas intenções de voto”, completou.

Eduardo Bolsonaro também comentou sobre outros nomes em evidência, como o da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Para ele, Michelle tem grande apelo junto ao público evangélico e feminino, especialmente por sua atuação à frente do PL Mulher, mas a decisão estratégica permanece nas mãos de Jair Bolsonaro.

“A Michelle tem um discurso próximo das mulheres e dos evangélicos, além de baixa rejeição. Mas é o Jair Bolsonaro quem vai definir. Ainda acredito que há chance de vê-lo novamente como candidato. Isso seria a forma mais legítima de corrigirmos o rumo da democracia brasileira”, declarou o parlamentar, otimista.

Sobre Tarcísio de Freitas, Eduardo destacou sua competência como administrador, tanto à frente do governo paulista quanto durante sua gestão no Ministério da Infraestrutura. No entanto, lembrou que o próprio Tarcísio tem reafirmado seu foco na reeleição em São Paulo, não demonstrando interesse na corrida presidencial.

“O Tarcísio é um excelente gestor, mas não vejo ele se posicionando como pré-candidato. O nome que será definido sairá da vontade de Jair Bolsonaro, e ainda acredito que ele próprio poderá disputar, pois sua inelegibilidade decorre de motivos esdrúxulos”, concluiu Eduardo.

Apesar dos desafios jurídicos, Jair Bolsonaro permanece como principal liderança popular do campo da direita, e qualquer decisão sobre sucessão deve passar por sua aprovação.