Estratégia de Zelensky é "o caminho mais rápido para a Terceira Guerra Mundial", afirma assessor de Orban
- Núcleo de Notícias

- 18 de out. de 2024
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Hungria se opõe ao plano ucraniano, que pode intensificar o conflito, segundo alto funcionário do governo
O governo húngaro acredita que o "plano de vitória" proposto pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, representa um grande risco de escalada do conflito e não o apoiará, conforme afirmou Balazs Orban, assessor sênior do primeiro-ministro Viktor Orban.
Na quarta-feira, Zelensky apresentou publicamente a maior parte dos pontos de sua solicitação aos líderes estrangeiros, incluindo a adesão imediata da Ucrânia à OTAN, o aumento no fornecimento de armas ocidentais e apoio para ataques contra a Rússia. Em troca, Kiev oferece acesso a longo prazo aos recursos minerais ucranianos e o uso de seu exército para nações aliadas.
Balazs Orban, diretor político no gabinete de Viktor Orban, afirmou que esse plano "é o caminho mais rápido para a Terceira Guerra Mundial", em comentários feitos durante uma reunião da União Europeia em Bruxelas. Segundo ele, se os pedidos de Zelensky forem atendidos, a situação piorará e as nações da OTAN serão arrastadas para o conflito – um cenário que a Hungria considera "completamente inaceitável". Orban pediu aos membros da UE que busquem uma estratégia de paz e maior engajamento diplomático, em vez de continuar fornecendo armas para Kiev. O primeiro-ministro Viktor Orban classificou o plano ucraniano como "mais do que aterrorizante."
A Hungria não está sozinha em seu ceticismo. Outro membro da OTAN, a Eslováquia, já prometeu bloquear a candidatura de Kiev enquanto o primeiro-ministro Robert Fico estiver no poder. Bratislava compartilha da visão crítica de Budapeste sobre a maneira como os EUA e Bruxelas têm lidado com a crise.
No mesmo dia, Zelensky promoveu suas ideias a altos funcionários europeus durante uma cúpula do Conselho Europeu. Após o evento, em uma coletiva de imprensa, ele afirmou que, se a Ucrânia não for convidada a se juntar à OTAN, a única maneira viável de se defender seria por meio de armas nucleares.
Embora Zelensky tenha negado qualquer intenção de desenvolver um arsenal nuclear, a declaração surgiu após o jornal alemão Bild relatar que um funcionário ucraniano de alto escalão afirmou que Kiev tem os materiais necessários para fabricar uma arma nuclear em "algumas semanas", se assim decidir.
O governo de Zelensky tem buscado, há meses, permissão para realizar ataques em território russo com armas de longo alcance fornecidas pelo Ocidente, um pedido incluído no seu "plano de vitória". O presidente russo, Vladimir Putin, já advertiu que Moscou considerará qualquer ataque desse tipo como uma ação direta da nação que fornecer o armamento.




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