EUA confiscam avião oficial de Nicolás Maduro
- Núcleo de Notícias

- 3 de set. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 15 de out. de 2024
Aeronave foi apreendida na República Dominicana em operação inédita
Os Estados Unidos confiscaram, nessa segunda-feira (2), o avião oficial do presidente venezuelano Nicolás Maduro, em uma operação realizada na República Dominicana. A ação foi executada com base nas sanções americanas impostas ao governo de Caracas.
Duas autoridades americanas confirmaram à emissora que a aeronave foi transferida para a Flórida. Segundo uma dessas fontes, a apreensão do avião de um chefe de Estado estrangeiro é algo sem precedentes em questões criminais, destacando que a medida envia uma mensagem clara de que "ninguém está acima da lei ou das sanções americanas".
Embora ainda não haja uma confirmação oficial completa, acredita-se que a apreensão esteja relacionada à alegada violação das sanções dos EUA durante a aquisição da aeronave, avaliada em cerca de 13 milhões de dólares (aproximadamente R$ 73 milhões). O avião permaneceu na República Dominicana nos últimos meses, o que possibilitou a execução da operação, coordenada por várias agências federais americanas em parceria com as autoridades dominicanas.
O avião, que tem sido comparado ao Força Aérea Um dos EUA em termos de sua importância, já foi utilizado por Maduro em diversas visitas oficiais ao redor do mundo. As autoridades americanas enfatizam que esta apreensão visa enviar uma mensagem direta ao alto comando do governo venezuelano.
Historicamente, os Estados Unidos têm confiscado diversos bens com destino à Venezuela, incluindo veículos de luxo, mas esta é a primeira vez que uma ação de tal magnitude, envolvendo um símbolo tão relevante, é realizada.
Este acontecimento ocorre em um momento de intensificação das tensões entre Washington e Caracas. Recentemente, os Estados Unidos reverteram parcialmente o alívio das sanções ao petróleo e gás venezuelano, citando o descumprimento de compromissos eleitorais por parte de Maduro. Além disso, críticas contínuas têm sido feitas ao governo venezuelano, especialmente após as eleições de 28 de julho, com acusações de falta de transparência e tentativas de silenciar a oposição.
Em resposta às críticas, o governo venezuelano reiterou que não deve explicações aos Estados Unidos sobre a reeleição de Nicolás Maduro, acusando o Departamento de Estado americano de interferir em assuntos internos que não lhe dizem respeito.




Comentários