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Ex-general venezuelano Hugo Carvajal se declara culpado por narcoterrorismo e tráfico internacional de drogas

"El Pollo", que chefiou a inteligência militar da Venezuela, enfrentará possível prisão perpétua nos EUA após admitir envio de toneladas de cocaína com apoio das FARC


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O ex-general venezuelano Hugo Armando Carvajal Barrios, conhecido como “El Pollo”, declarou-se culpado nesta semana perante a Justiça dos Estados Unidos por sua participação em uma ampla rede de narcoterrorismo e tráfico internacional de drogas. O anúncio foi feito pelo procurador do Distrito Sul de Nova York, Jay Clayton, e pelo administrador interino da DEA, Robert Murphy.


Hugo Carvajal admitiu ter conspirado para exportar toneladas de cocaína para os Estados Unidos, apoiando diretamente as atividades do grupo terrorista colombiano FARC e armando seus membros com metralhadoras e explosivos. Como ex-diretor da Direção de Inteligência Militar da Venezuela (DIM), Hugo Carvajal usou seu cargo para facilitar o tráfico em larga escala, corrompendo as instituições estatais e recebendo milhões de dólares em propina. Entre os episódios mencionados, destaca-se o envio de 5,6 toneladas de cocaína em um avião DC-9 que foi apreendido no México em 2006.


Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, Carvajal era um dos líderes do chamado Cartel de los Soles, grupo formado por membros das Forças Armadas venezuelanas que operava como uma organização criminosa de narcotráfico com objetivos de enriquecimento e desestabilização, inundando cidades americanas com drogas.


Além de narcoterrorismo e tráfico de drogas, o ex-general também se declarou culpado por posse e conspiração para posse de armas de guerra. Ele poderá enfrentar prisão perpétua, com sentenças mínimas obrigatórias que somam ao menos 60 anos de reclusão, sem contar as penas máximas que podem se estender à prisão vitalícia em cada uma das quatro acusações.


A sentença está marcada para 29 de outubro de 2025. Carvajal, atualmente com 65 anos, foi extraditado da Espanha em julho de 2023, após anos de fuga e tentativas de evitar a Justiça norte-americana. Outro co-réu no processo, Cliver Antonio Alcalá Cordones, também ex-militar venezuelano, já foi condenado a 21 anos e 8 meses por fornecer apoio às FARC com armamentos.


A operação, conduzida pelo Grupo de Trabalho contra o Crime Organizado e o Tráfico de Drogas (OCDETF), contou com a colaboração de agências de segurança dos EUA, Colômbia, México e Espanha. O caso está sendo tratado pela Unidade de Narcóticos Internacionais e Segurança Nacional da Procuradoria de Nova York.

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