Explosão de pagers mata 9 terroristas do Hezbollah e deixa outros 2.750 feridos
- Núcleo de Notícias
- 18 de set. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 12 de nov. de 2024
Entre os feridos está o embaixador do Irã no Líbano, Mojtaba Amani, atingido em Beirute
Uma série de explosões simultâneas abalou várias regiões do Líbano na última terça-feira (17), resultando na morte de nove pessoas e ferindo aproximadamente 2.750. As explosões, que ocorreram em áreas controladas pelo Hezbollah, grupo terrorista xiita, foram causadas nos pagers usados para comunicação interna pelos membros da organização. Autoridades do Hezbollah classificaram o incidente como uma "grave violação de segurança" e responsabilizaram Israel pelos ataques coordenados.
Ataques coordenados atingem redutos do Hezbollah
Os ataques ocorreram principalmente em subúrbios ao sul de Beirute, áreas dominadas pelo grupo. De acordo com as autoridades locais, as explosões parecem ter sido resultado de uma sofisticada operação de hacking, na qual os pagers do Hezbollah foram comprometidos e detonados de forma remota. Membros do grupo terrorista relataram cenas de destruição, com corpos de combatentes espalhados pelas ruas e hospitais superlotados. Fontes locais descreveram a situação como "caótica", com pedidos urgentes de doações de sangue para os feridos.
Irã e Hezbollah reagem ao ataque
Entre os feridos graves está Mojtaba Amani, embaixador do Irã no Líbano, que estava em Beirute no momento das explosões. O governo iraniano rapidamente reagiu, condenando o incidente e prometendo uma resposta severa. A agência de notícias iraniana Mehr divulgou uma nota alertando que "os responsáveis pelo ataque enfrentarão graves consequências."
Em um comunicado oficial, o Hezbollah acusou diretamente Israel de estar por trás do ataque e prometeu uma retaliação severa. "Este ataque é uma violação de nossa segurança e soberania. Israel será responsabilizado por este crime hediondo, e nossas respostas serão tanto visíveis quanto imprevisíveis", declarou o grupo. A retaliação israelense ao Hezbollah aumentou desde o início da guerra com o Hamas, em outubro de 2023, e a tensão entre os dois lados continua a escalar.
Estados Unidos negam envolvimento
Em meio às acusações, o governo dos EUA foi questionado sobre o possível envolvimento no incidente. O porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, afirmou que os Estados Unidos não estavam cientes das explosões e que não tiveram qualquer participação nas operações. "Estamos acompanhando os desdobramentos, mas garantimos que os EUA não têm envolvimento neste ataque", disse Miller durante uma coletiva de imprensa.
Tensão aumenta no Líbano
Enquanto a crise se aprofunda, o governo libanês declarou estado de alerta e se posicionou ao lado do Hezbollah na condenação a Israel. O primeiro-ministro Najib Mikati chamou o incidente de "agressão criminosa" e afirmou que levará o caso à ONU. No entanto, fontes militares israelenses não confirmaram qualquer envolvimento no ataque, mantendo o silêncio diante das acusações.
A investigação sobre o caso ainda está em andamento, e a situação no Líbano continua tensa, especialmente com a aproximação de novos ataques planejados por grupos terroristas da região.
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