Gastança do governo Lula praticamente dobrou em 3 meses

Relatório de receitas e despesas primárias de Lula divulgado nesta semana indica mais cortes no orçamento

Fernando Haddad ao lado do ministro da Fazenda "real"

Sem vislumbrar qualquer corte de despesas supérfluas - como redução de gastos com funcionalismo - o governo Lula já adiantou que deverá promover novos bloqueios e contingenciamentos de despesas no orçamento do país “quando necessários”. O motivo está claro no Relatório de Acompanhamento de Receitas e Despesas Primárias referente ao 3º bimestre de 2024 divulgado pelo Tesouro Nacional que elevou para R$ 28 bilhões a projeção de déficit primário até o final deste ano. O mesmo relatório, divulgado em maio, previa déficit de R$ 14,5 bilhões nas contas públicas.

Mais incomodado com memes e críticas quanto ao aumento de carga tributária em todos os segmentos da economia, a gestão petista ainda recebeu a notícia de que a previsão de arrecadação para 2024 foi revisada para baixo, com estimativa de R$ 2,68 trilhões em vez de 2,71 trilhões. Em contrapartida, a gastança subiu de R$ 2,2 trilhões para R$ 2,23 trilhões no mesmo período.

Entre as saídas para chegar à meta fiscal prevista no arcabouço - como encontrar a contrapartida ideal para o fim da oneração de 17 setores da economia - ainda está travada no Senado Federal. Trata-se do aumento de 1 ponto percentual na alíquota da CSLL (Contribuição Social Sobre Lucro Líquido) - tributo que incide sobre o lucro das empresas.