Governador do RJ diz que guerra ao tráfico ultrapassou a capacidade das forças estaduais de segurança
- Núcleo de Notícias

- 28 de out.
- 3 min de leitura
Cláudio Castro denuncia abandono federal e critica negativa de blindados; violência se agrava após megaoperação contra o Comando Vermelho

O governador Cláudio Castro (PL) afirmou nesta terça-feira (28) que o enfrentamento ao tráfico de drogas no Rio de Janeiro ultrapassou a capacidade das forças estaduais de segurança. Segundo ele, a guerra entre facções criminosas “não é mais uma questão de segurança pública”, mas sim uma situação de estado de defesa, exigindo apoio direto das Forças Armadas.
A declaração ocorreu após uma megaoperação da Polícia Militar nos complexos da Penha e do Alemão, na zona norte do Rio, que resultou em confrontos intensos, mortes e dezenas de prisões. A operação, batizada de Contenção, mobilizou 2,5 mil agentes, prendeu 81 suspeitos e apreendeu 75 fuzis, tendo como alvo integrantes do Comando Vermelho (CV). O caos na cidade continua. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram tiroteios intensos e traficantes utilizando até mesmo drones para lançar explosivos contra as forças policiais.
O governador Cláudio Castro relatou que já solicitou ao governo federal o envio de blindados militares em três ocasiões, mas todos os pedidos foram negados. “O Rio está sozinho nessa guerra. Essa operação de hoje tem muito pouco a ver com segurança pública. É uma guerra que está passando os limites de onde o Estado deve estar sozinho defendendo. Para uma guerra dessa, deveríamos ter o apoio das Forças Armadas”, declarou.
De acordo com o governador, o governo federal recusou o uso dos veículos alegando a ausência de uma Garantia de Lei e Ordem (GLO), instrumento que depende de autorização presidencial. “Disseram que poderiam emprestar, mas voltaram atrás porque o servidor que opera o veículo é federal e deveria ter a GLO, enquanto o presidente é contra a GLO”, afirmou, em referência à resistência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em autorizar o emprego das Forças Armadas em operações de segurança pública.
O governador Cláudio Castro afirmou ainda que o Estado está em alerta máximo diante da possibilidade de retaliações de facções criminosas após a ofensiva. “Todos os batalhões estão em prontidão. A polícia está na rua”, garantiu.
Fontes do Ministério da Defesa reconheceram que qualquer uso de blindados depende da aprovação do Palácio do Planalto. Já o Ministério da Justiça alegou que a União "já prestou apoio anterior" ao Rio de Janeiro por meio da Força Nacional e de operações conjuntas com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Nas redes sociais, parlamentares também criticaram a falta de apoio federal e culparam o STF pelas limitações impostas às ações policiais nas comunidades, por meio da ADPF 635. O senador Flávio Bolsonaro declarou: “Nada me surpreende depois que Lula disse que os traficantes são vítimas dos usuários.”
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Carlos Dias.
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