Governo Lula aumenta imposto de importação sobre carros elétricos e híbridos
- Núcleo de Notícias
- 2 de jul.
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Medida que entrou em vigor na terça-feira eleva tributos para até 35%

MAIS IMPOSTOS - Na terça-feira (1º), o governo Lula aumentou as alíquotas do imposto de importação sobre veículos elétricos e híbridos. A medida impõe novos percentuais que variam entre 25% e 30%, dependendo do tipo de motorização.
As novas alíquotas ficaram assim:
Elétricos: de 18% para 25%
Híbridos: de 25% para 30%
Híbridos plug-in: de 20% para 28%
A fase final do cronograma de aumento está programada para julho de 2026, quando a alíquota será elevada para 35% em todos os modelos de veículos eletrificados.
A justificativa oficial para o aumento é a de "estimular a produção nacional", tornando os modelos fabricados no Brasil supostamente mais competitivos. No entanto, ao contrário de medidas pró-industriais — como incentivos fiscais, subsídios e redução de impostos, o governo brasileiro decidiu encarecer o produto importado, afetando tanto o consumidor quanto o avanço tecnológico do setor automotivo.
O mesmo discurso já havia sido adotado na taxação de plataformas como Shein e Shopee, com o pretexto de “proteger o varejo nacional”, embora a medida tenha se mostrado amplamente impopular e ineficaz.
Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa), foram emplacados 186.181 veículos importados entre janeiro e maio de 2025, dos quais 92.743 eram eletrificados — ou seja, praticamente metade (49,81%) dos veículos importados.
No total, considerando os veículos leves e comerciais leves vendidos no Brasil no mesmo período, os eletrificados importados representam quase 10% do mercado (9,98%). Com o aumento de impostos, esse percentual deve cair, limitando e onerando o acesso da população a esse tipo de veículo.
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