Governo Lula vai encerrar ministério do RS, e Pimenta deve retornar à Secom

Em meio a críticas, Pimenta voltará ao Planalto; a Secretaria Extraordinária do RS deve ser rebaixada à Secretaria da Casa Civil

O ministro Paulo Pimenta (PT) reassumirá a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) em setembro, após quatro meses à frente da Secretaria Extraordinária criada para responder à tragédia das chuvas no Rio Grande do Sul. O retorno de Pimenta ao Planalto está previsto para 12 de setembro, pouco antes do fim da vigência da medida provisória que criou a pasta para lidar com a calamidade pública no estado.

A extensão do prazo da Secretaria Extraordinária do RS exigiria negociações com o Congresso Nacional. Pimenta assumiu o cargo em 15 de maio, e a medida provisória que o designou expira em 25 de setembro. Caso não seja aprovada, a secretaria será automaticamente extinta.

Nos bastidores, o ministro admitiu a aliados que preferia retomar sua posição na Secom, independentemente do futuro da medida provisória. A percepção de seus aliados é que Pimenta enfrentou forte resistência em seu estado natal, onde ficou entre o fogo cruzado de opositores e aliados do governo, o que deve se intensificar com a campanha eleitoral que se aproxima.

Apesar de retornar ao Palácio do Planalto, Pimenta carrega críticas pelo desempenho na pasta do RS e na própria Secom. Seu retorno à Secom desagrada alguns membros do governo, que esperavam mais de sua atuação. Durante sua ausência, a Secom foi ocupada interinamente pelo jornalista Laércio Portela, que, segundo relatos, tem recebido elogios do presidente Lula, mas não a ponto de garantir sua permanência na função.

Com a saída de Pimenta, o governo Lula planeja transformar o ministério extraordinário criado para o Rio Grande do Sul em uma secretaria subordinada à Casa Civil. Embora o desenho da nova secretaria ainda não esteja concluído, a expectativa é que ela absorva os cargos atualmente constituídos no ministério.