Haddad culpa oposição por cancelamento de reunião com autoridades dos EUA sobre tarifas
- Núcleo de Notícias
- há 7 horas
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Ministro afirma que aliados de Jair Bolsonaro atuaram para impedir diálogo com Washington; opositores negam e criticam governo Lula

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta segunda-feira (11) que uma reunião marcada para tratar das tarifas de 50% impostas pelo governo dos Estados Unidos a produtos brasileiros foi cancelada por “interferência política” de opositores ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
O encontro, que ocorreria por telefone na quarta-feira (13) com o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, havia sido solicitado pelo Brasil e estava em fase final de confirmação. Segundo Haddad, um e-mail enviado por assessores próximos ao presidente Donald Trump desmarcou a conversa, que não foi reagendada.
O ministro citou o deputado Eduardo Bolsonaro como um dos articuladores contrários à reunião, afirmando que ele declarou publicamente a intenção de inviabilizar a negociação. Haddad disse ainda que outros países, como a Índia, conseguiram manter conversas com Washington, enquanto no Brasil haveria uma “anti-diplomacia” interna que dificultaria avanços nas tratativas comerciais.
A medida tarifária de 50% anunciada pelos Estados Unidos tem provocado reação do setor produtivo nacional e ampliado tensões políticas, em um momento de crescente atrito entre Brasília e Washington no campo comercial.
Em resposta, o deputado Eduardo Bolsonaro e o jornalista Paulo Figueiredo emitiram uma nota conjunta na qual rejeitam a acusação e criticam duramente o governo Lula. Segundo o texto, o ministro Fernando Haddad estaria tentando “culpar terceiros pela própria incompetência”, enquanto o presidente “só fala besteira” e “inflama a crise diplomática”. A nota argumenta que, desde a declaração de emergência econômica feita pelo presidente Donald Trump, as razões para a política tarifária norte-americana foram expostas de forma clara, e que, sem enfrentá-las, qualquer reunião seria “mera encenação” e, portanto, inútil.
Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo também afirmam que não têm qualquer controle sobre a agenda de Scott Bessent, a quem qualificam como um “profissional admirável” que cumpre as diretrizes determinadas pelo presidente norte-americano e preserva “exclusivamente os interesses do povo americano”. Por fim, destacam que embarcarão novamente para Washington nesta quarta-feira para reuniões com autoridades americanas, afirmando que mantêm “portas abertas” com o governo dos EUA, e sugerem que Lula poderia fazer o mesmo se colocasse “a diplomacia e o interesse nacional em primeiro lugar”.
Confira a nota publicada pelo deputado Eduardo Bolsonaro e o jornalista Paulo Figueiredo:

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