Hamas ainda mantém 64 reféns vivos, aponta levantamento da AFP

 Agência francesa indica que número inclui israelenses, tailandeses e um nepalês

Foto: John MACDOUGALL / AFP

O grupo terrorista Hamas ainda estaria mantendo ao menos 64 reféns “supostamente vivos” na Faixa de Gaza, conforme levantamento realizado pela agência de notícias francesa AFP. A informação surge após o Exército de Israel ter recuperado os corpos de seis reféns mortos a tiros pelos terroristas em Gaza.

Em outubro do ano passado, o Hamas invadiu o território israelense, matando mais de mil pessoas e sequestrando ao menos 251. Desde então, 117 reféns foram libertados, enquanto 70 tiveram a morte confirmada. Desse total, 37 corpos foram repatriados para sepultamento, enquanto 33 ainda permanecem sob escombros em Gaza.

Segundo a AFP, entre os 64 reféns que ainda estariam vivos, 57 são israelenses, seis são tailandeses e um é nepalês. O grupo inclui duas crianças, cinco mulheres e 11 soldados.

Hamas ameaça matar reféns

Nesta segunda-feira (2), Abu Obeida, porta-voz do braço armado do Hamas, ameaçou que a postura do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu poderá resultar na morte dos reféns que ainda estão sob o controle do grupo terrorista. Ele afirmou que os combatentes do Hamas receberam novas instruções sobre o tratamento dos reféns caso as tropas israelenses se aproximem dos locais de detenção.

– A insistência de Netanyahu em libertar os prisioneiros por meio da força militar, em vez de negociar um acordo, fará com que eles retornem para suas famílias em caixões – declarou Obeida na plataforma de mensagens Telegram, pouco após Netanyahu concluir uma visita.

Obeida referiu-se ao incidente de Nuseirat, onde uma operação militar israelense em junho resultou no resgate de quatro reféns, mas também na morte de mais de 200 palestinos. Ele deixou claro que, se o exército de Israel avançar sobre Gaza, os reféns correm grave risco.

Na noite desta segunda-feira, Netanyahu reafirmou que Israel não abrirá mão do controle da fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito, enquanto o Hamas insiste que, para um acordo sobre uma trégua e a libertação dos reféns, Israel deve ceder o controle não apenas da fronteira com o Egito, mas de toda a Faixa de Gaza.