Em "sintonia" com o governo, irmãos Batista apostam no gás da Bolívia

Anúncio da Fluxus, controlada pelos Batista, coincide com viagem de Lula ao país vizinho

Fluxus, dos Batista, tenta avançar na produção de gás natural

Em maio de 2017, Joesley Batista confirmou em depoimento à Procuradoria-Geral da República ter doado um total de US$ 150 milhões para as “campanhas eleitorais” de Lula e Dilma Rousseff. 

O tempo passou, mas a amizade entre os empresários do grupo J&F - que precisaram de mais US$ 128 milhões de dólares para encerrar “questões judiciais” nos Estados Unidos - continua firme e forte.

Após a coleção de imbróglios entre a Âmbar Energia (controlada pelos Batista) e integrantes do governo Lula, os irmãos voltaram a ser notícia com o anúncio de investimentos em torno de US$ 100 milhões na produção de três campos de gás natural na Bolívia até 2028.

Conforme a Fluxus - empresa controlada pela J&F - a intenção é aumentar a produção do combustível de  100 mil m3/dia para 1,1 milhão de m3/dia nos próximos quatro anos. O anúncio ocorre cerca de um mês após os empresários adquirirem a companhia Pluspetrol Bolivia, atuante na bacia de Tarija-Chaco

Interesses e coincidências

A retomada de investimentos no setor de gás confirmada pela Fluxus coincide com a visita de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao presidente boliviano Luís Arce em Santa Cruz de La Sierra. Na ocasião, os mandatários assinaram 10 acordos, incluindo ações de combate ao tráfico e colaboração nas áreas migratórias e de saúde.