Irã encomenda componentes da China para ampliar arsenal de mísseis balísticos
- Núcleo de Notícias

- 6 de jun.
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Teerã reforça capacidade bélica enquanto ignora limites para programa de mísseis e avança com urânio enriquecido

O regime iraniano encomendou milhares de toneladas de perclorato de amônio da China — substância essencial para combustíveis sólidos de mísseis balísticos — em uma movimentação que sinaliza a intenção de expandir significativamente seu arsenal militar. De acordo com fontes familiarizadas com a operação, os carregamentos devem chegar ao Irã nos próximos meses e seriam suficientes para abastecer a produção de centenas de mísseis.
Parte dos materiais poderá ser desviada para milícias alinhadas ao regime dos aiatolás, como os Houthis do Iêmen, grupo terrorista que tem atuado com agressividade na região do Mar Vermelho em ataques a navios comerciais e interesses ocidentais. A medida reforça a estratégia iraniana de usar forças por procuração para desestabilizar seus vizinhos e desafiar os aliados dos EUA e de Israel.
A negociação envolveu uma empresa iraniana chamada Pishgaman Tejarat Rafi Novin Co., que fez a encomenda dos produtos junto à Lion Commodities Holdings Ltd., sediada em Hong Kong. A operação ocorre em meio à crescente preocupação global com o avanço do programa nuclear iraniano, que segue acumulando urânio enriquecido em níveis próximos ao grau militar — um passo crítico rumo à capacidade de produzir armas nucleares.
Apesar dos alertas internacionais e das sanções, Teerã tem rejeitado qualquer discussão sobre a limitação de seu programa de mísseis, adotando postura cada vez mais desafiadora. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que tratou das negociações com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, alertando sobre a iminência de uma decisão crítica por parte do Irã.
— O tempo está se esgotando na decisão do Irã em relação às armas nucleares — declarou Trump em uma publicação nas redes sociais nesta quarta-feira.
O fornecimento de armamento a grupos extremistas e o avanço do programa nuclear fazem parte de uma política de agressão velada adotada pelo regime iraniano, que continua sendo o maior patrocinador estatal do terrorismo global. A comunidade internacional assiste com crescente inquietação ao fortalecimento militar de um Estado que reiteradamente ameaça a estabilidade do Oriente Médio e a segurança de aliados estratégicos como Israel.



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