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Israel intensifica ofensiva e atinge símbolos do regime iraniano

Ataques miram aparato ideológico da teocracia em Teerã


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Israel ampliou nesta segunda-feira (23) sua campanha militar contra o Irã ao lançar uma ofensiva direcionada a instituições estratégicas do aparato repressivo da República Islâmica. De acordo com o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, os alvos atingidos são “símbolos e órgãos de poder do regime”, incluindo centros de controle ideológico, instalações de segurança e até estruturas com forte apelo simbólico, como o infame “Relógio da Destruição de Israel”, instalado em Teerã.


Entre os alvos principais estiveram a sede da milícia Basij, braço ideológico da Guarda Revolucionária acusado de repressão brutal a dissidentes e execuções extrajudiciais, e a penitenciária de Evin, notória por abrigar presos políticos. A sede do serviço de segurança interna e o departamento de doutrinação do governo também foram atingidos, num claro recado de que a ofensiva não se limita ao programa nuclear: ela agora toca o coração ideológico do regime dos aiatolás.


O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, embora tenha reiterado que o objetivo declarado da campanha era deter o avanço nuclear iraniano, tem sustentado que a queda da teocracia seria um "efeito colateral desejável". Figuras mais incisivas dentro de seu gabinete, como Katz, deixam claro que desestabilizar o regime é parte da missão. A aliança tácita com os Estados Unidos, que no último fim de semana atacaram instalações nucleares em Fordow, Isfahan e Natanz, reforça esse novo estágio da guerra.


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comemorou os ataques com entusiasmo nas redes sociais, sugerindo que o regime iraniano não tem mais condições de “fazer o Irã grandioso de novo” — um trocadilho com seu famoso slogan.


Enquanto o Irã promete retaliar e já ensaia novos disparos de mísseis contra o território israelense, embora em número significativamente menor que em ataques anteriores, cresce a percepção de que o conflito esteja prestes a cruzar um ponto de não retorno.


O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, afirmou que os danos às instalações nucleares parecem significativos, principalmente em Fordow, que foi alvo de bombas de penetração profunda lançadas pelos Estados Unidos. Ainda segundo Grossi, a transferência de material radioativo não foi comunicada, o que levanta preocupações sobre sua localização atual e o risco de dispersão nuclear.


O Irã, por sua vez, minimizou os danos, alegando que o material enriquecido já não estava nas instalações atacadas. A estimativa mais recente da AIEA, antes da suspensão da cooperação por parte de Teerã, apontava para 400 kg de urânio enriquecido a 60% — quantidade suficiente para a produção de dispositivos radiológicos e, com mais processamento, ogivas nucleares.


Além dos bombardeios aéreos, há especulações sobre uma possível ação terrestre de forças especiais israelenses, dada a precisão cirúrgica dos ataques e a ausência de contaminação detectada até o momento. O governo israelense afirma possuir informações detalhadas sobre a localização do material radioativo, embora não revele publicamente sua origem.

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