Maduro convoca treinamentos militares em meio a tensão com os Estados Unidos

Núcleo de Notícias
13 de set.
2 min de leitura

Ditador da Venezuela mobiliza tropas e reforça discurso de defesa

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, convocou na sexta-feira (12) reservistas, milicianos e jovens alistados para treinamentos militares, em resposta ao aumento das tensões com os Estados Unidos. Em pronunciamento transmitido pela TV estatal, o ditador afirmou que “os membros da comunidade, milicianos, reservistas, jovens e pessoas que se alistaram bravamente serão destacados para as 312 unidades militares da Venezuela. Eles ficarão nos quartéis para receber o treinamento tático necessário”.

O movimento ocorre após os Estados Unidos enviarem, no fim de agosto, oito navios de guerra e caças para a região sul do Caribe, oficialmente como parte de uma operação contra o tráfico internacional de drogas. O ditador Nicolás Maduro, por sua vez, acusou Washington de usar essa justificativa como disfarce para uma possível ação militar contra seu governo. Em ato do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), o narcoterrorista afirmou que deslocou tropas e armamentos para todo o território. “Todas as armas que a República possui para se defender — fuzis, tanques e mísseis — foram mobilizados por todo o país para defender nosso direito à paz. Quem quer paz, prepare-se para defendê-la”, declarou.

Apesar da retórica beligerante, uma análise comparativa de poderio militar mostra a insignificância da Venezuela diante dos Estados Unidos. O país sul-americano possui um contingente limitado de tanques e aeronaves, além de depender de equipamentos antigos e manutenção precária devido à crise econômica. Já os Estados Unidos concentram o maior orçamento de defesa do planeta, superior a US$ 800 bilhões anuais, com mais de 1,3 milhão de militares ativos, cerca de 11 porta-aviões operacionais, milhares de caças de última geração e capacidade nuclear de alcance global. Em caso de confronto direto, a Venezuela seria rapidamente sobrepujada, sem condições de resistir a uma ofensiva aérea e naval americana.

A disparidade entre as duas nações evidencia que o discurso do ditador Maduro tem caráter mais simbólico e político do que prático. A mobilização de milicianos e reservistas serve como demonstração de força interna, mas dificilmente mudaria o desfecho de uma eventual guerra contra os Estados Unidos, onde a superioridade tecnológica e logística de Washington tornaria qualquer resistência venezuelana absolutamente insustentável.

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