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Material nuclear desaparecido no Irã após bombardeios preocupa Agência Internacional de Energia Atômica

Chefe da IAEA admite que mais de 400 kg de urânio enriquecido não foram localizados


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O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA), Rafael Grossi, afirmou que o paradeiro de cerca de 400 quilos de urânio enriquecido a 60% no Irã ainda é desconhecido, semanas após os intensos bombardeios realizados por Estados Unidos e Israel contra instalações nucleares do país.


Rafael Grossi reconheceu que a agência "não sabe onde esse material poderia estar", levantando a possibilidade de que parte dele tenha sido destruída nos ataques ou realocada preventivamente. A quantidade mencionada seria suficiente, se enriquecida a 90%, para a fabricação teórica de nove armas nucleares, segundo estimativas da própria IAEA.


Ataques e desaparecimento


Os ataques israelenses foram iniciados em 13 de junho, sob a justificativa de que o Irã estaria próximo de construir uma bomba atômica. No dia 22 de junho, os Estados Unidos se uniram aos bombardeios e atacaram os complexos nucleares de Fordow, Natanz e Isfahan.

Apesar dos danos, Rafael Grossi afirmou que o Irã ainda possui capacidade técnica e conhecimento para retomar o enriquecimento de urânio em questão de meses, ressaltando que o avanço tecnológico do país na área nuclear “não pode ser desfeito”.


Material pode ter sido movido antes dos ataques


Há possibilidade de que a maior parte do urânio tenha sido removida de Fordow dias antes dos bombardeios, com base em imagens de satélite que mostravam caminhões no local. O próprio Irã teria informado à IAEA em 13 de junho que medidas de proteção estavam sendo tomadas para resguardar seus ativos nucleares.


O ex-inspetor da IAEA, Olli Heinonen, destacou que confirmar o destino do material será um processo longo e complexo, envolvendo análises forenses e coleta de amostras ambientais. Ele também advertiu que parte do urânio pode ter sido enterrada sob os escombros ou perdida durante os ataques.


Irã rompe cooperação com a IAEA


Em resposta aos ataques, o Parlamento iraniano aprovou a suspensão da cooperação com a IAEA, encerrando o cumprimento de rotinas previstas no Tratado de Não-Proliferação Nuclear. O Irã também negou à agência acesso às instalações bombardeadas, aumentando ainda mais as incertezas sobre seu programa nuclear.


Trump nega que material tenha sido movido


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, minimizou as alegações de que o Irã tenha conseguido mover o urânio, afirmando que isso seria “muito perigoso e difícil” de realizar sob ameaça de ataque. Segundo ele, os iranianos “não mexeram em nada porque estavam tentando salvar a própria pele”.


Tensão persiste mesmo após cessar-fogo


Embora um cessar-fogo mediado pelos EUA tenha sido implementado nos últimos dias e, até o momento, mantido, a revelação de que uma quantidade significativa de material nuclear está fora do radar internacional acende um alerta vermelho na comunidade global.


A suspensão da fiscalização da IAEA e a incerteza sobre o estoque de urânio enriquecido colocam o acordo nuclear iraniano em xeque e reforçam os temores de uma nova escalada geopolítica no Oriente Médio.

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