Ministro iraniano admite danos graves em instalações nucleares após ofensiva liderada pelos EUA e Israel
- Núcleo de Notícias
- 27 de jun.
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Declaração contradiz discurso oficial do aiatolá Ali Khamenei

Apesar da retórica triunfalista do regime iraniano, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, admitiu que os ataques lançados pelos Estados Unidos e Israel causaram “danos graves” às instalações nucleares do país. A confissão, feita em entrevista à televisão estatal iraniana, desmente a versão do líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, que havia minimizado os efeitos da ofensiva.
“O nível de dano é alto, e trata-se de um dano sério”, declarou Abbas Araghchi. Avaliações conjuntas feitas por Estados Unidos, Israel e até mesmo fontes do próprio regime iraniano confirmam que a infraestrutura nuclear foi significativamente comprometida, incluindo unidades de conversão e enriquecimento de urânio.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou o estrago, ressaltando a extensão dos prejuízos em múltiplas instalações. Mesmo com o cenário devastador, Ali Khamenei insistiu que “os americanos fracassaram em alcançar qualquer objetivo significativo” — declaração que agora carece de credibilidade diante das evidências técnicas e da fala de seu próprio chanceler.
O presidente Donald Trump, ao comentar os desdobramentos, afirmou que os ataques destruíram a ameaça nuclear iraniana e abriu a possibilidade de diálogo com Teerã, embora tenha enfatizado que “um acordo não é necessário” após a neutralização do programa atômico do regime dos aiatolás.
“A única coisa que estamos pedindo é o mesmo de antes: nenhum programa nuclear. Mas nós já destruímos isso”, afirmou Trump.
Abbas Araghchi não descartou uma retomada das negociações, embora tenha admitido que os ataques “tornaram tudo mais complicado”. Antes da ofensiva americana, o Irã já se mostrava reticente quanto à reabertura de conversas, alegando envolvimento dos EUA no ataque israelense, batizado de "Operação Leão em Ascensão".
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