Mossad define condição para cessar-fogo no Líbano, dizem fontes
- Núcleo de Notícias

- 10 de out. de 2024
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Agência israelense exige que Hezbollah e Irã pressionem Hamas pela liberação de reféns como pré-requisito para trégua
Foto: Jalaa Marey/AFP
Israel está condicionando qualquer cessar-fogo no Líbano, após o término de sua operação militar, à libertação dos reféns mantidos pelo Hamas em Gaza, segundo reportagem da agência de notícias israelense Walla, que cita um alto funcionário dos EUA. David Barnea, chefe da agência de inteligência israelense Mossad, teria transmitido essa demanda ao diretor da CIA, William Burns, conforme relatado na quarta-feira.
De acordo com o oficial americano, Barnea afirmou que Israel e os EUA só devem considerar uma trégua no Líbano caso o Hamas liberte os prisioneiros. O chefe do Mossad acredita que será possível forçar o grupo libanês Hezbollah, o Irã e "outros atores na região" a pressionarem Yahya Sinwar, líder do Hamas, para que atenda a essa condição.
Em outubro do ano passado, um ataque terrorista do Hamas em território israelense resultou na morte de cerca de 1.200 pessoas, além de 250 reféns sendo capturados. Desde então, o grupo palestino libertou 109 dos reféns, principalmente durante uma trégua que durou uma semana em novembro. No entanto, as negociações por um cessar-fogo e troca de prisioneiros entre Israel e Hamas permanecem estagnadas há meses.
Na terça-feira, Netanyahu se dirigiu ao povo libanês, apelando para que "libertem seu país do Hezbollah para que a guerra possa terminar". Ele alertou que, caso contrário, o Líbano pode cair "no abismo de uma guerra longa que trará destruição e sofrimento, como o que vemos em Gaza".
Na quarta-feira, Netanyahu teve sua primeira conversa telefônica em quase 50 dias com o presidente dos EUA, Joe Biden. Segundo um comunicado da Casa Branca, os dois líderes discutiram possíveis retaliações israelenses ao ataque iraniano ocorrido na semana anterior, além de questões relacionadas ao Líbano. Biden também enfatizou a necessidade de um "arranjo diplomático" que permita o retorno seguro de cidadãos israelenses e libaneses deslocados pelo conflito na área de fronteira.




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