Nenhum parlamentar do PT assinou o requerimento de CPMI do INSS
- Núcleo de Notícias

- 14 de mai.
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Ao todo, 76 parlamentares petistas foram contra o pedido para apurar fraudes no INSS, apesar de prejuízo de R$ 6,3 bilhões aos mais vulneráveis

A criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar o escândalo bilionário de fraudes envolvendo descontos indevidos nas aposentadorias e pensões pagas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) escancarou a ausência de compromisso do Partido dos Trabalhadores (PT) com a transparência e a defesa dos mais vulneráveis. Nenhum dos 76 parlamentares da legenda assinou o requerimento apresentado na segunda-feira (12), ignorando um caso que já resultou em prejuízos estimados em R$ 6,3 bilhões aos aposentados brasileiros.
O pedido de instalação da CPMI foi protocolado com a assinatura de 223 deputados federais e 36 senadores de diversas siglas, especialmente de partidos de oposição, que se mobilizaram para garantir apuração dos fatos revelados pela operação Sem Desconto, da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU). A ação escancarou o funcionamento de um esquema fraudulento envolvendo falsificação de assinaturas e cobrança indevida de serviços não autorizados nos benefícios pagos pelo INSS.
A iniciativa foi liderada pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e pela deputada Coronel Fernanda (PL-MT), que destacaram a gravidade do caso, não apenas pela dimensão do rombo financeiro, mas sobretudo por atingir diretamente milhões de brasileiros que dependem exclusivamente da previdência para sobreviver. A justificativa do requerimento ressalta o “grave dano ao erário” e a “subtração direta de renda dos mais vulneráveis”.
Mesmo diante da dimensão do escândalo, o silêncio da bancada petista evidencia o incômodo do partido com qualquer investigação que possa atingir áreas sensíveis da administração federal. O caso já custou o cargo do ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e provocou a queda do então ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT), em meio à forte pressão da opinião pública.
A recusa do PT em apoiar a CPMI revela uma postura que privilegia a blindagem política e a conivência com a corrupção em detrimento da verdade e da justiça.



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