Netanyahu barra viagem do ministro da Defesa aos EUA
- Núcleo de Notícias
- 10 de out. de 2024
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Primeiro-ministro israelense busca coordenar resposta a ataque do Irã com o presidente Joe Biden antes de liberar visita de Yoav Gallant
Foto: Yannis Kolesidis/EFE
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, impediu que o ministro da Defesa, Yoav Gallant, visitasse os Estados Unidos, de acordo com confirmação do Pentágono. Segundo diversas fontes, Netanyahu deseja primeiro alinhar uma resposta ao ataque do Irã diretamente com o presidente dos EUA, Joe Biden.
A viagem de Gallant havia sido organizada na semana passada, após o Irã lançar mais de 180 mísseis balísticos contra alvos em Israel, em retaliação às mortes de Ismail Haniyeh, líder do Hamas, e Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah.
Inicialmente, a visita estava marcada para terça-feira (08), mas Netanyahu adiou a partida de Gallant no último momento, conforme informado pelo jornal Axios. O Pentágono confirmou o cancelamento, mas não deu detalhes sobre os motivos.
Fontes israelenses disseram ao Axios que Netanyahu informou Gallant que a viagem só seria autorizada após uma conversa entre ele e Biden, além de uma deliberação com o gabinete de segurança de Israel sobre a resposta ao ataque iraniano.
A decisão de Netanyahu teria reforçado as tensões entre o premiê e o ministro da Defesa, que já esteve próximo de ser demitido duas vezes nos últimos dois anos, sugeriu o Axios.
O jornal Haaretz informou que autoridades em Washington se mostraram surpresas ao ver figuras políticas de Israel politizando a visita de Gallant. O adiamento da viagem pode agravar a crise de confiança entre os aliados, advertiu o jornal israelense.
Na semana passada, Biden publicamente aconselhou Israel a não atacar instalações nucleares e de petróleo do Irã como parte de uma possível retaliação. Gallant, por sua vez, afirmou à CNN no domingo que “tudo está sobre a mesa” no que diz respeito à escolha de alvos.
Enquanto isso, o Irã advertiu que não teme uma guerra com Israel e está totalmente preparado para a guerra, de acordo com o ministro das Relações Exteriores iraniano, Seyed Abbas Araghchi.
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