Netanyahu considera acordo para cessar-fogo no Líbano
- Núcleo de Notícias

- 25 de nov. de 2024
- 2 min de leitura
Israel caminha para retirada de tropas e desmilitarização do sul do Líbano, com mediação feita pelos EUA

O Primeiro-Ministro israelense, Benjamin Netanyahu, demonstrou disposição para aceitar um cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos com o Hezbollah no Líbano, segundo reportagens da imprensa israelense e americana. O acordo ainda depende de ajustes finais antes de ser formalizado.
Condições do acordo
O entendimento prevê que as Forças de Defesa de Israel (IDF) e o Hezbollah interrompam as hostilidades. Em contrapartida, os combatentes do grupo libanês devem recuar para além do rio Litani. O IDF, por sua vez, retiraria suas tropas da área entre o rio e a chamada "linha azul", a fronteira entre Israel e Líbano.
Um organismo internacional liderado pelos EUA monitoraria a desmilitarização do sul do Líbano, e novas negociações definiriam os contornos dessa fronteira. Caso o Hezbollah descumpra os termos, os Estados Unidos prometeram apoiar Israel em uma nova ofensiva militar.
Histórico recente e tensões
O confronto entre Israel e Hezbollah escalou significativamente desde setembro, após Israel sabotar dispositivos de comunicação do grupo, desencadeando uma campanha de bombardeios no Líbano e uma operação terrestre no sul do país. Diversos comandantes de alto escalão do Hezbollah, incluindo o líder Hassan Nasrallah, foram mortos em ataques aéreos israelenses.
Apesar das negociações, os combates continuam. Na segunda-feira, o IDF bombardeou Beirute, enquanto o Hezbollah retaliou com cerca de 250 foguetes, ferindo pelo menos sete pessoas em Israel.
Pressões internacionais
As discussões ganharam urgência após o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitir mandados de prisão contra Netanyahu e seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant. Relatos indicam que a França sugeriu cumprir os mandados, o que teria atrasado as negociações. No entanto, o enviado dos EUA, Amos Hochstein, pressionou Netanyahu a avançar com o acordo.



Comentários