Nova série de explosões atinge rádios do Hezbollah no Líbano em suposta sabotagem israelense
- Núcleo de Notícias

- 19 de set. de 2024
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Explosões de dispositivos de comunicação intensificam tensão entre Hezbollah e Israel, com novas vítimas reportadas
Foto: Marwan Naamani/Getty Images
Rádios portáteis utilizados pelo Hezbollah explodiram simultaneamente em várias regiões do Líbano na quarta-feira, em um aparente seguimento da operação de sabotagem israelense que havia matado 12 pessoas e ferido mais de 3.000 no dia anterior. Fontes de segurança libanesas confirmaram que os dispositivos, distribuídos amplamente pelo grupo, explodiram durante o funeral de algumas das vítimas do incidente anterior. A ação, que agora afeta tanto o sul do Líbano quanto áreas da capital, Beirute, causou a morte de pelo menos três pessoas, com centenas de feridos relatados até o momento.
As explosões vêm na esteira do que se acredita ser uma sofisticada sabotagem da Mossad, a agência de inteligência israelense, que teria plantado explosivos tanto em pagers quanto em rádios portáteis meses atrás. A operação foi projetada para ser ativada em caso de uma guerra total contra o Hezbollah, mas, segundo fontes dos EUA, o Mossad teria detonado os dispositivos mais cedo para evitar que o grupo descobrisse as armadilhas. Em resposta, o Hezbollah lançou um ataque com foguetes contra posições israelenses no mesmo dia, enquanto o grupo prometeu vingança e responsabilizou o “inimigo israelense” pelas explosões, que já destruíram veículos e deixaram um rastro de destruição.
O episódio exacerba uma situação já tensa entre Israel e o Hezbollah, especialmente após o início dos bombardeios israelenses em Gaza há quase um ano. Enquanto as hostilidades permanecem em baixa intensidade na fronteira entre Israel e o Líbano, as contínuas ações de retaliação de ambos os lados trazem à tona o temor de um conflito de maior escala na região. Autoridades de segurança alertam que a situação pode se agravar caso novos ataques ou represálias aconteçam, ameaçando mergulhar ainda mais o Oriente Médio em ciclo de violência extrema.




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