Novo chefe da OTAN apoia uso de armas ocidentais para ataques em território russo
- Núcleo de Notícias
- 2 de out. de 2024
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Mark Rutte afirma que cabe aos membros da aliança definir as regras de engajamento para Kiev
O recém-nomeado Secretário-Geral da OTAN, Mark Rutte, ex-primeiro-ministro holandês, manifestou apoio à ideia de permitir que a Ucrânia utilize armas fornecidas pelo Ocidente para atacar o território russo.
Rutte argumentou que a Ucrânia tem pleno direito de agir como julgar necessário para defender seu território, inclusive com ataques além de suas fronteiras, em alvos legítimos dentro da Rússia. "O direito internacional é claro, e ele não se limita às fronteiras. Apoiar o direito da Ucrânia à autodefesa inclui a possibilidade de atacar objetivos militares no território do agressor", afirmou Rutte.
Apesar de endossar essa posição, o novo chefe da OTAN destacou que cabe a cada país membro da aliança decidir sobre as regras de uso das armas que fornecem à Ucrânia. "No fim das contas, é uma escolha soberana de cada aliado definir os termos de seu apoio a Kiev. Não cabe a mim interferir nessa relação", ressaltou.
As declarações de Rutte ocorrem em meio a um debate contínuo no Ocidente sobre se a Ucrânia deve ou não ser autorizada a usar armamentos fornecidos por países da OTAN para realizar ataques em solo russo. Até o momento, não há consenso entre os aliados sobre essa questão.
A reação de Moscou foi imediata e negativa. Leonid Slutsky, líder do partido ultranacionalista LDPR, afirmou que os comentários de Rutte mostram que a troca na liderança da OTAN não trará mudanças na postura da aliança em relação à Rússia.
“Descreveram o novo secretário-geral como pragmático e aberto ao diálogo, mas suas primeiras falas confirmam que a escalada e a agenda hegemônica continuarão”, escreveu Slutsky em uma publicação no Telegram.
Enquanto isso, o governo russo trabalha em mudanças em sua doutrina nuclear. As novas diretrizes visam justificar o uso de arsenal nuclear, especialmente se essas ofensivas forem apoiadas por potências nucleares aliadas da Ucrânia.
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