Pentágono investiga vazamento de planos israelenses de retaliação contra o Irã

Diretor sênior de origem iraniana estaria sob suspeita por divulgar documentos estratégicos sobre ataques de Israel após ofensiva iraniana em 1º de outubro

Um diretor de alto escalão do Pentágono, responsável por operações especiais e conflitos de baixa intensidade, está sendo investigado por supostamente vazar informações estratégicas sobre os planos de retaliação de Israel a um ataque com mísseis do Irã, ocorrido em 1º de outubro. A investigação foi confirmada por um relatório da Sky News Arabia, que apontou o funcionário, de origem iraniana, como possível responsável pela divulgação dos documentos sensíveis.

De acordo com fontes oficiais e o FBI, o suspeito, que ocupava um cargo importante na administração de Joe Biden, teria acesso a informações altamente confidenciais sobre a resposta militar de Israel ao Irã. A suspeita levantada por Israel, que já havia expressado preocupações quanto à lealdade do diretor, foi corroborada pela comunidade de inteligência norte-americana. No entanto, a administração anterior não aprofundou as investigações sobre suas possíveis ligações com o regime iraniano.

O vazamento gerou grande repercussão, especialmente após a disseminação de dois documentos de inteligência dos EUA em um canal de Telegram especializado em defesa. As informações vazadas incluíam detalhes sobre a estratégia de Israel para um contra-ataque ao Irã, o que acendeu o alerta tanto em Washington quanto em Tel Aviv.

Em resposta ao caso, o FBI abriu uma investigação formal na última terça-feira (22/10) para apurar a origem dos vazamentos e suas possíveis implicações para a segurança nacional dos EUA e de Israel. Contudo, o Pentágono negou que Ariane Tabatabai, uma importante funcionária do Departamento de Defesa, esteja sob investigação, contradizendo relatos iniciais da Sky News Arabia.

O Secretário de Defesa Lloyd Austin também abordou a questão diretamente com seu homólogo israelense, Yoav Gallant, reafirmando o compromisso dos EUA com a segurança de Israel.