Prefeito de Seul defende armas nucleares para a Coreia do Sul
- Núcleo de Notícias

- 20 de out. de 2024
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Oh Se-hoon afirma que provocações da Coreia do Norte são motivadas pela falta de dissuasão nuclear do país vizinho
O prefeito de Seul, Oh Se-hoon, declarou que a Coreia do Sul precisa de um arsenal nuclear para conter as constantes ameaças da Coreia do Norte. Em uma publicação no Facebook, na última sexta-feira, Oh criticou as "ameaças insuportáveis" feitas pelo líder norte-coreano, Kim Jong-un, que recentemente chamou a Coreia do Sul de "nação hostil."
A declaração veio após a divulgação de uma imagem pela Agência Central de Notícias da Coreia do Norte, mostrando Kim discutindo um mapa de Seul com seus principais conselheiros militares. Oh expressou sua frustração e raiva ao assistir Pyongyang repetidamente ameaçar a capital sul-coreana, localizada a apenas 50 km da fronteira.
O prefeito destacou que as recentes provocações da Coreia do Norte, como o envio de balões carregados de lixo e o bombardeio de áreas próximas à zona desmilitarizada, ocorrem porque o país possui armas nucleares, enquanto a Coreia do Sul não. Para ele, essa situação cria uma assimetria de poder, incentivando as ações agressivas do Norte.
"É por isso que devemos urgentemente aumentar nossas capacidades de dissuasão nuclear", afirmou Oh, defendendo que a paz só poderá ser alcançada com o fortalecimento da defesa nacional.
Embora Oh seja uma das figuras políticas mais influentes a favor de um arsenal nuclear sul-coreano, o presidente Yoon Suk Yeol reiterou que o país não pretende desenvolver suas próprias armas nucleares. Em vez disso, Yoon tem se concentrado em aprimorar a estratégia de dissuasão em parceria com os Estados Unidos, que fornecem um "guarda-chuva nuclear" para a Coreia do Sul desde os anos 1950.
Nos últimos meses, as tensões na península coreana se intensificaram, com o Norte ameaçando retaliar após a queda de um suposto drone sul-coreano em seu território. Além disso, a Coreia do Norte tem demolido estradas e linhas férreas na fronteira como parte de sua estratégia de “separação completa” do Sul, alegando uma "grave situação de segurança."
O Norte também criticou duramente os exercícios militares conjuntos entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos, que considera preparações para uma possível invasão.




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