Preços do petróleo disparam com temores de oferta no Oriente Médio
- Núcleo de Notícias

- 4 de out. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 10 de out. de 2024
Mercados de energia temem interrupções no fornecimento devido à intensificação do conflito regional
Os preços globais do petróleo subiram nesta sexta-feira, após a incursão israelense no Líbano e o ataque de mísseis do Irã contra Israel, desencadeando volatilidade nos mercados de energia.
O índice Brent registrou um ganho de 1,8%, atingindo US$ 79 por barril às 10h43 GMT (07:43 no horário de Brasília), o nível mais alto desde 30 de agosto. Já o petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) subiu 1,3%, sendo negociado a US$ 75.
Os mercados têm reagido aos temores de interrupção no fluxo de petróleo bruto vindo do Oriente Médio devido ao conflito crescente. Na quinta-feira, os preços saltaram 5% depois que Israel ameaçou atacar instalações petrolíferas iranianas em resposta ao bombardeio com mísseis realizado por Teerã no início da semana.
Analistas preveem que uma queda na produção iraniana poderia gerar aumentos significativos no preço do petróleo. Segundo Daan Struyven, analista do Goldman Sachs, uma redução de ao menos um milhão de barris por dia poderia resultar em um aumento de US$ 20 por barril. Bjarne Schieldrop, chefe de análise de commodities do grupo bancário sueco SEB, alertou que o preço do petróleo pode ultrapassar US$ 200 por barril caso a infraestrutura energética do Irã seja devastada.
Na última terça-feira, a Guarda Revolucionária Islâmica do Irã (IRGC) lançou cerca de 200 mísseis contra Israel, em retaliação ao bombardeio de Gaza e do Líbano, bem como às mortes recentes dos líderes do Hamas e Hezbollah pelas Forças de Defesa de Israel (IDF).
O conflito entre Israel e Hamas, que começou em outubro passado após um ataque brutal do grupo terrorista ao sul de Israel, intensificou-se com a campanha de ofensivas aéreas e terrestres das IDF na Faixa de Gaza. O Hezbollah, que apoia os palestinos, prometeu continuar os ataques até que um cessar-fogo seja alcançado em Gaza, enquanto Israel mantém sua meta de eliminar completamente o Hamas.




Comentários