Preços do petróleo disparam em meio a tensões no Oriente Médio
- Núcleo de Notícias
- 27 de ago. de 2024
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Conflitos entre Israel e Hezbollah, aliados ao fechamento de campos petrolíferos na Líbia, provocam forte alta nos preços do petróleo
Os preços do petróleo registraram uma alta significativa nessa segunda-feira (26) devido à intensificação dos conflitos no Oriente Médio e à decisão do governo do leste da Líbia de interromper a produção em seus campos petrolíferos.
O Brent do Mar do Norte, referência global, subiu 3,11%, alcançando US$ 81,49 por barril às 10h45 (horário de Brasília). Já o West Texas Intermediate (WTI), principal referência dos EUA, teve alta de 3,39%, cotado a US$ 77,38.
O aumento nos preços ocorreu após Israel anunciar que frustrou um grande ataque do movimento libanês Hezbollah, resultando em bombardeios em território libanês. O Hezbollah, apoiado e financiado pelo Irã, afirmou que suas ações contra bases militares israelenses foram bem-sucedidas. Em resposta, Israel intensificou seus bombardeios no Líbano, alegando ter destruído milhares de lançadores de foguetes do grupo, uma alegação que o Hezbollah negou.
Além disso, o mercado reagiu à decisão do governo do leste da Líbia de fechar os campos de petróleo sob seu controle e suspender toda a produção e exportação "até novo aviso". A Líbia, que vive em caos desde a queda do ditador Muammar Gaddafi em 2011, é atualmente governada por dois executivos rivais: o Governo de União Nacional, baseado em Trípoli e reconhecido pela ONU, e o governo do leste, com sede em Benghazi, apoiado pelo marechal Khalifa Haftar.
A maior parte da infraestrutura de petróleo do país está localizada no leste, sob controle do governo de Benghazi. Este governo tomou a decisão de fechar os campos de petróleo após uma comissão nomeada pelo governo de Trípoli ter tentado tomar o controle das instalações do Banco Central da Líbia (BCL), que centraliza as receitas das exportações de hidrocarbonetos.
Em resposta, o governo de Benghazi declarou "estado de força maior" nos campos e portos de petróleo, ordenando o fechamento imediato. A tensão entre os dois governos rivais já havia causado tentativas de invasão das instalações do BCL, agravando ainda mais a situação no país.
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