Putin alerta: apoio do Ocidente à Ucrânia aumenta tensão com Moscou
- Núcleo de Notícias

- 16 de dez. de 2024
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O presidente russo acusa os EUA de cruzar “linhas vermelhas” e intensificar a crise com armamento e apoio financeiro ao regime em Kiev

Durante uma reunião com altos oficiais do Ministério da Defesa russo, Vladimir Putin criticou nesta segunda-feira (16) o que chamou de “estratégia ocidental de enfraquecimento da Rússia”, com o envio de armas, dinheiro e mercenários à Ucrânia. O presidente russo destacou que tais ações do Ocidente estão empurrando Moscou a um ponto de ruptura, forçando o país a reagir.
Segundo Putin, os EUA utilizam táticas similares às da Guerra Fria, instigando temores entre os próprios cidadãos ao intensificar provocações e ampliar a escalada do conflito. O presidente também condenou o fortalecimento da presença militar da OTAN próximo às fronteiras russas, alegando que os EUA já possuem mais de 100 mil soldados estacionados na Europa.
Putin manifestou preocupação com os planos americanos de implantar sistemas de mísseis de médio alcance, anteriormente proibidos pelo Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF). Em 2018, Washington abandonou o acordo, acusando a Rússia de descumprimento.
Embora a Rússia tenha se comprometido a não posicionar tais armas, o presidente advertiu que essa restrição será anulada caso os EUA avancem com a instalação desses sistemas em qualquer região do mundo.
Além disso, Putin acusou o Ocidente de buscar impor suas regras globais e travar “guerras híbridas” contra nações que resistem à sua hegemonia, incluindo a Rússia. Ele também ressaltou a ampliação da presença da OTAN em áreas onde sua atuação militar era previamente inexistente, como a região do Indo-Pacífico.
O discurso de Putin reforça o agravamento das tensões geopolíticas, especialmente diante do apoio ocidental à Ucrânia e da expansão militar da OTAN. As declarações do líder russo sinalizam uma escalada potencial nos conflitos.



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