Putin lista objetivos da Rússia na Ucrânia e diz buscar "paz duradoura" com garantias territoriais
- Núcleo de Notícias

- 18 de mai.
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Presidente russo defende consolidação de controle sobre regiões ocupadas

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou neste domingo (18) que Moscou busca alcançar uma "paz duradoura e sustentável" ao eliminar as causas que, segundo ele, originaram o conflito na Ucrânia.
Putin afirmou que a Rússia tem “força e recursos suficientes para levar o que começou em 2022 à sua conclusão lógica” e que os objetivos centrais de Moscou permanecem inalterados: garantir a segurança do Estado russo e dos cidadãos em territórios que considera historicamente pertencentes à Federação Russa.
Embora sem citar diretamente os nomes, o presidente russo se referia à Crimeia, anexada em 2014, e às regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporozhye, que realizaram referendos considerados ilegítimos pela comunidade internacional, mas usados por Moscou como base para justificar a incorporação ao território russo. "As pessoas nessas regiões consideram o russo sua língua nativa e veem a Rússia como sua pátria", declarou Putin.
Em relação ao processo diplomático em andamento, o presidente russo reconheceu os interesses nacionais dos Estados Unidos e de seu presidente Donald Trump. “Respeitamos isso, e esperamos ser tratados da mesma maneira”, afirmou.
As declarações de Putin ocorrem em um momento de reabertura do canal diplomático entre Moscou e Kiev. Pela primeira vez desde 2022, representantes dos dois países participaram de negociações diretas, mediadas pela Turquia em Istambul. O encontro resultou na troca de listas de exigências para um possível cessar-fogo, na negociação de uma grande troca de prisioneiros e na possibilidade de um segundo encontro, ainda sem data definida.
O Kremlin também não descartou um encontro direto entre Putin e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, caso os avanços diplomáticos se consolidem e resultem em acordos firmes.
Em paralelo, o presidente norte-americano Donald Trump anunciou que realizará uma ligação com Putin na segunda-feira (19), na qual pretende tratar de temas comerciais e da resolução do conflito na Ucrânia. Já o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, discutiu os termos das negociações com o chanceler russo Sergey Lavrov, e demonstrou otimismo quanto aos resultados preliminares.
Enquanto a guerra segue devastando a região do leste europeu, o atual momento sinaliza uma possível inflexão no conflito, com pressões crescentes por uma solução diplomática diante do esgotamento militar e econômico das partes envolvidas.



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