Rússia acusa Ucrânia de "ataque terrorista" em sabotagem ferroviária
- Núcleo de Notícias

- 3 de jun
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Moscou afirma que explosões em pontes de trem foram "calculadas para causar o maior número possível de vítimas civis"

As recentes sabotagens contra ferrovias nas regiões russas de Bryansk e Kursk foram classificadas pelo Comitê Investigativo da Rússia como "ataques terroristas planejados pelo governo ucraniano", com o "objetivo deliberado de atingir civis". A acusação foi feita nesta terça-feira (3).
Os ataques ocorreram entre a noite de sábado e a manhã de domingo. Em Bryansk, a explosão de uma ponte diante de um trem de passageiros resultou em dezenas de vítimas. Em Kursk, uma estrutura ferroviária desabou sob um trem de carga. De acordo com as autoridades russas, ao todo, sete pessoas morreram e 113 ficaram feridas.
Em nota oficial, o Comitê declarou que os atentados foram organizados “com precisão cirúrgica” para provocar o maior número possível de vítimas civis. “Está claro que os terroristas, sob ordens do regime de Kiev, planejaram os ataques para impactar centenas de pessoas inocentes”, afirmou uma porta-voz da instituição.
Fragmentos de explosivos e outros elementos físicos foram recuperados nos locais das explosões, e diversas testemunhas, entre passageiros e funcionários ferroviários, já prestaram depoimento. Segundo o jornal russo Kommersant, há indícios de que explosivos C-4 de fabricação norte-americana tenham sido utilizados. Um artefato de 10 quilos, que não chegou a explodir, foi recolhido por peritos.
Os atentados aconteceram pouco antes da segunda rodada de negociações entre Rússia e Ucrânia em Istambul. Embora o encontro não tenha gerado avanços significativos, foi anunciada a maior troca de prisioneiros desde o início do conflito. Ambos os lados também trocaram memorandos com visões bastante distintas sobre uma possível solução para a guerra.



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