top of page

Rússia acusa Ucrânia e Ocidente de rejeitarem a paz

A Rússia estaria aberta a uma resolução diplomática, mas Kiev e seus aliados "preferem prolongar o conflito", diz chanceler


ree

Foto: POOL/REUTERS


O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, declarou que Moscou estaria disposta a buscar uma solução diplomática para o conflito na Ucrânia que abordasse suas causas profundas, mas que nem Kiev nem seus apoiadores ocidentais demonstram interesse em tal desfecho. A afirmação foi dada em entrevista à revista Newsweek, publicada nesta segunda-feira (07).


Lavrov afirmou que, para encerrar o conflito de maneira definitiva, seria necessário que o Ocidente interrompesse o envio de armamentos à Ucrânia e que Kiev retornasse a uma posição neutra, sem blocos militares e sem armas nucleares, além de garantir a proteção da língua russa e os direitos de seus cidadãos. O ministro também destacou que a Rússia não busca apenas um cessar-fogo temporário, mas sim uma solução duradoura.


Ele sugeriu que os acordos de Istambul, quase aprovados pelas delegações da Rússia e da Ucrânia em março de 2022, poderiam servir como base para um entendimento. Esses acordos previam a abstenção formal de Kiev em aderir à OTAN e ofereciam garantias de segurança à Ucrânia, enquanto reconheciam as "realidades no terreno" daquele momento.


No entanto, Lavrov criticou a postura de Kiev e dos países ocidentais, lembrando que, em junho, o presidente russo Vladimir Putin delineou condições para um acordo de paz, que foram ignoradas quando a Ucrânia respondeu com uma incursão armada na região russa de Kursk. Para Lavrov, o apoio contínuo dos Estados Unidos e da OTAN a Kiev reflete um desejo explícito de infligir uma "derrota estratégica" à Rússia.


Lavrov também relembrou os esforços russos ao longo de mais de uma década para resolver a crise com a Ucrânia, mas que, segundo ele, foram sistematicamente frustrados pelo Ocidente. Ele citou o "golpe" apoiado pelos EUA em 2014, os Acordos de Minsk que nunca foram cumpridos, e o acordo de paz de Istambul, que teria sido abandonado por pressão do então primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.


O chanceler russo enfatizou que o maior custo desse conflito está sendo pago pelo povo ucraniano, "cruelmente empurrado por suas próprias autoridades para a guerra". Ele advertiu que, enquanto Washington e a OTAN continuarem a alimentar a guerra, o restabelecimento da paz estará distante.

Comments


O Rumo News é uma produção do
Instituto Democracia e Liberdade.

Copyright © 2025 - Instituto Democracia e Liberdade  -  CNPJ: 46.965.921/0001-90

Confira os Termos de Uso e Condições

Política de Reembolso: Reembolsos serão processados apenas em casos de duplicação de pagamento ou problemas técnicos que impeçam o acesso ao serviço. O reembolso será creditado na mesma forma de pagamento utilizada.

Política de Troca: Devido à natureza dos serviços digitais, não realizamos trocas.

 

Métodos de pagamento disponíveis no site: Cartões de crédito e Pix.
 

Dúvidas, problemas ou sugestões? Entre em contato: contato@institutoidl.org.br

  • Instagram
  • YouTube
bottom of page